Comitê de RH da Abrapp divulga e-book sobre plano de retorno das EFPC aos escritórios

Após ter feito uma pesquisa com as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), entre 22 e 26 de junho, sobre o plano de retorno às atividades presenciais, o Comitê de Recursos Humanos elaborou um e-book com reflexões sobre o que foi mapeado na pesquisa, da qual participaram 90 entidades. Chamado de “Brainstorm Digital: Sua entidade está preparada para o retorno ao presencial?”, o material foi desenvolvido pelo comitê, em parceria com a Abrapp, com o objetivo de apoiar as entidades na transição do trabalho remoto para o presencial.

A intenção é fazer uma reflexão sobre o planejamento e condução de um retorno seguro às instalações físicas e ações relevantes que auxiliem na proteção de todos que circulam pelas dependências da organização. Cláudia Trindade, Diretora Executiva da Abrapp responsável pelo comitê, destaca, contudo, que essas orientações são sugestões que devem ser avaliadas de acordo com o perfil de cada EFPC. “Isso varia muito dentro do contexto das entidades, e também conforme as patrocinadoras, pois muitas seguem normativos e direcionamentos das empresas, e às vezes até ficam no mesmo ambiente da patrocinadora. Portanto, o e-book não determina o que a entidade deve fazer, e sim propõe ações, e cabe à área de Gestão de Pessoas de cada entidade refletir e verificar o que está sendo proposto para aquele ambiente, e se alivia a dor de cada um”, diz Cláudia.

A Coordenadora do Comitê de Recursos Humanos da Abrapp, Simone Castelão, explica que, após a elaboração da pesquisa, o comitê fez um compilado de reflexões sobre medidas eficazes para planos de retorno. “Cada integrante do comitê trouxe ações voltadas para a prevenção e planejamento da retomada, visando estabelecer um plano de contingência, inclusive, em consonância com a Portaria nº 20, divulgada em junho pelo Ministério da Economia e pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, e que estabelece as medidas a serem observadas visando à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 nos ambientes de trabalho”, declara Simone.

E-book – O material é interativo, sendo possível clicar nos principais tópicos do índice e ir direto para o tema abordado. São 44 páginas e 10 tópicos diferentes, com reflexões e práticas sobre cada pergunta feita na pesquisa, além de comentários das entidades que responderam. Entre os temas abordados estão: A retomada sob o ponto de vista de gestão; Previsão de retorno às atividades presenciais; Possíveis fases do retorno; Atendimento presencial ao participante; Home office; Plano estruturado de retorno ao escritório; Jornada, benefícios e relação formal de trabalho; Como está a comunicação interna?; Outras práticas de Gestão de Pessoas para o novo momento; além da lista de EFPC participantes da Pesquisa.

O material enfatiza que o sistema tem se mostrado resiliente a todas as dificuldades pelas quais o país passou, saindo ainda mais fortalecido, sendo que, no período de aplicação da pesquisa, apenas 25% dos respondentes se disseram otimistas em relação ao cenário e 57% neutros. Ações de gestão de pessoas para o retorno também foram refletidas no material, com possíveis medidas que as EFPC podem adotar para garantir uma volta segura e saudável. Cláudia Trindade destaca que nunca ficou tão evidente a importância do papel do gestor de pessoas dentro das entidades. “Isso se sobressai. Além de tudo, é uma área estratégica, e isso ficou muito evidente nessa crise”, complementa.

Sobre possíveis fases do retorno, 97% das entidades disseram que pretendem implantar uma retomada parcialmente presencial e parcialmente em home office. Ao serem questionadas sobre a implantação de home office permanente, 15% das EFPC afirmam que adotarão esse modelo, 36% responderam que não, e 49% estão analisando a possibilidade, mas com grande chance de ser implantado. Cláudia cita que essa postura fará parte do novo normal. “Para quem pensa em ficar permanentemente em home office, haverá uma mudança de cultura, pois se quebrou o paradigma de que produtividade está atrelada à presença física. O gestor que determina horário de trabalho presencial deverá mudar sua postura”, diz.

Outro ponto abordado na pesquisa é que apenas 33% das EFPC possuem um plano estruturado de retorno aos escritórios. Já 39% afirmaram estar elaborando esse plano, enquanto 12% não estão elaborando, e 16% estão estruturando um plano parcialmente. Já no tópico sobre Política de Comunicação Interna para transmitir informações estratégicas sobre o plano de retorno aos empregados, entre as entidades respondentes, 84% possuem essa política, sendo que a maioria faz reuniões virtuais frequentemente; divulgação de recomendações de higiene e saúde mental; e bate papo descontraído com os empregados.

Esses e demais resultados da pesquisa, com as respectivas reflexões exercidas pelo Comitê de RH da Abrapp, estão contidas no e-book. O download do material completo pode ser feito por meio deste link.

Retorno planejado – Entre as 90 entidades entrevistadas na pesquisa, 21 afirmaram que planejam voltar às atividades presenciais em agosto. Entre elas está a Eletros, que se prepara para retornar ao trabalho presencial no dia 3 do próximo mês. Para o Presidente da Eletros, Pedro Paulo da Cunha, o período em que a fundação ficou em home office foi pautado por desafios, mas com resultados positivos. “Para o retorno presencial, foi elaborado um mapeamento das atividades executadas pelas áreas, uma avaliação do que era essencialmente necessário ser realizado presencialmente, além de uma pesquisa junto aos empregados para que tivéssemos total segurança sobre a percepção e forma de executar as demandas em home office, uma vez que algumas áreas permanecerão por tempo indeterminado nesta modalidade de trabalho.”

Além desse detalhamento, foi questionado sobre equipamentos usados pelos empregados, quem queria voltar ao presencial, entre outros pontos, e assim foi identificado um percentual de retorno. Apenas as atividades principais voltarão ao presencial e em formato de rodízio, com apenas 10 empregados por semana. “Estamos empenhados em garantir um retorno seguro para os empregados então, após o levantamento criterioso conduzido pela área de gestão de pessoas da entidade, foi possível identificar e propor um plano de retorno considerando a realização de rodízio das equipes. Assim, teremos presencialmente em nosso escritório em torno de 15% do quadro por semana”, explica Cunha

A Eletros também elaborou um e-book interativo para apoiar seus empregados nessa retomada. “O material possui orientações e informações sobre os cuidados e ações que estamos adotando e também diretrizes gerais, visando potencializar a segurança de todos quando do retorno”, complementa o Presidente da entidade.

Projetos futuros – Simone Castelão ressalta que o comitê não para por aí, e já tem projetos pela frente, pensando em ações futuras. “Agora nos reunimos todos os meses, considerando as necessidades e novidades voltadas para gestão de pessoas. Existem mais dois projetos em andamento”, conta Simone. Cláudia Trindade destaca ainda que o comitê espera ser demandado pelos dirigentes, com dúvidas sobre essa nova postura e sugestões para novos projetos. “O comitê está aberto para produzir”, complementa. 

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