Entrevista: “Na Autorregulação, assumimos publicamente nosso compromisso com uma gestão ética”

Altamir Lopes, Presidente da CENTRUS

Duplamente certificada em seus processos, a Centrus se destaca pelo pioneirismo no programa de Autorregulação das entidades fechadas de previdência complementar.

A entidade foi a primeira a receber o Selo de Governança em Investimentos, tendo participado do projeto-piloto. Mas não parou por aí. Recentemente, foi reconhecida com mais um Selo pelo programa, focado nos processos de Governança Corporativa.

Os Selos são o reconhecimento maior do programa de Autorregulação. Para recebê-lo, a entidade precisa ser aprovada na certificação de processos, que envolve a análise de Banca especializada e tem coordenação do ICSS, maior instituto certificador especializado no segmento. A chancela é concedida pelo Conselho de Autorregulação, composto por Abrapp, Sindapp e ICSS e maioria de instituições independentes: Anbima, BSM, CRA-SP, IBGC, Instituto Ethos e Amec.

Nesta entrevista ao Blog Abrapp em Foco, o Presidente da Centrus, Altamir Lopes, destaca que um grande benefício da busca pelos Selos são as oportunidades identificadas ao longo do processo de certificação.

“Os Selos têm grande importância para as EFPC. Trata-se de uma validação externa, que nos ajuda a aprimorar os processos de trabalho. Por mais que busquemos as melhores práticas e tenhamos o compromisso dos dirigentes e do corpo técnico para fazer o melhor trabalho, sempre há espaço para aperfeiçoamentos”, afirma o Presidente da Centrus.

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

O que motivou a Centrus a se candidatar ao Selo de Autorregulação em Governança de Investimentos e, posteriormente, ao Selo de Governança Corporativa?
A Centrus sempre primou pela segurança e integridade de seus processos de governança e investimentos e entende que a Autorregulação é muito importante, visto que assumimos publicamente o nosso compromisso com uma gestão ética, buscando o aperfeiçoamento dos nossos processos.

Na Fundação, as principais decisões são colegiadas e buscamos sempre as melhores práticas do mercado para atuar com a excelência que o patrocinador Banco Central e os participantes e assistidos esperam.

Logo, a candidatura pelo Selo era um caminho natural, visto que, além de reforçar o propósito da Centrus nas áreas de governança corporativa e de investimentos, demonstra às autoridades supervisoras e reguladoras que a Entidade cumpre uma série de requisitos e que mantém o compromisso de zelar por uma gestão com integridade e transparência.

Os dois processos duraram quanto tempo em média, desde a candidatura até a obtenção dos Selos?
Por volta de seis meses.

Quais foram os principais aprendizados na obtenção do segundo Selo (Governança Corporativa)? Houve diferença significativa em relação à candidatura ao primeiro?
A maior diferença foi a oitiva dos participantes, requerida no processo para obtenção do segundo Selo. Isso propiciou maior interação com os participantes, já que havia a necessidade de inserir os seus dados no sistema da Abrapp. Ficou patente, também, a necessidade de mantermos o aprimoramento constante dos nossos normativos.

Em sua visão, qual o principal valor que o programa e os Selos de Autorregulação agregaram para a Centrus?
A orientação é a de buscar sempre a excelência em nossas ações. Mas é importante ter um olhar externo para apontar oportunidades de aperfeiçoamento em relação a aspectos que não observamos, por estarmos envolvidos no processo.

A Centrus confirmou recentemente a adesão ao novo Código de Autorregulação em Governança de Investimentos. Qual a expectativa para iniciar o processo de candidatura ao Selo pelo novo Código?
Nós iniciamos o processo de adesão ao Selo no dia 4 de dezembro. Estamos na fase de inserção de dados no sistema.

Gostaria de fazer algum comentário adicional?
A Autorregulação é um excelente instrumento para promover maior eficiência e segurança ao sistema. Como ela é conduzida diretamente por quem conhece e vive a realidade do segmento, goza de legitimidade e tende a ser mais aderente às necessidades identificadas.

Os Selos têm, portanto, grande importância para as EFPC. Trata-se de uma validação externa, que nos ajuda a aprimorar os processos de trabalho. Por mais que busquemos as melhores práticas e tenhamos o compromisso dos dirigentes e do corpo técnico para fazer o melhor trabalho, sempre há espaço para aperfeiçoamentos.

A adesão aos Códigos de Autorregulação em Governança Corporativa e em Governança de Investimentos, e a conquista dos Selos são passos essenciais para o fortalecimento e a solidez do sistema.

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