*Edição n. 442 da Revista da Previdência Complementar – uma publicação da Abrapp, ICSS, Sindapp e UniAbrapp.
Por Flávia Silva
Advento de novas tecnologias deve alterar a forma de pensar a Previdência Complementar, demandando reflexões desde já – Para alguns, o Metaverso é uma realidade iminente. Para outros, um cenário ainda longínquo ou até mesmo improvável. Nesse “admirável mundo novo”, que segundo as previsões mais otimistas deverá incluir milhões de pessoas já na próxima década, trabalho e negócios serão largamente disseminados e moedas virtuais circularão com grande facilidade e segurança. Hoje associada majoritariamente aos videogames, a realidade virtual ainda é desconhecida para grande parte da população mundial. Contudo, já suscita reflexões importantes; entre elas, uma nova forma de pensar o trabalho e, por conseguinte, a aposentadoria.
O estrategista Matthew Ball, ex-executivo da Amazon Studios, é tido atualmente como uma das principais vozes do Metaverso. No seu novo livro, intitulado “The Metaverse: And How It Will Revolutionize Everything”, lançado em julho último, ele define o conceito como uma rede persistente e interconectada de mundos virtuais 3D, que eventualmente servirá como porta de entrada para a maioria das experiências online, funcionando também como um poderoso alicerce do mundo físico.
Ball, no entanto, evita especulações sobre que definição do Metaverso deverá prevalecer ou quais empresas tomarão a dianteira na sua criação. No livro, aliás, ele faz questão de frisar a importância de toda a incerteza, confusão e discordância sobre o futuro, pois é justamente isso que produz disrupção. Segundo o autor, consenso e um processo previsível de transformação tendem a não gerar mudanças significativas; portanto, o embate de ideias deve ser visto como uma vantagem e não um impedimento ao desenvolvimento do Metaverso. (Continua…)
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