Com os títulos públicos ainda remunerando em níveis bastante atrativos e a bolsa vivendo disparadas num momento ou outro, fica naturalmente mais difícil apontar alternativas. Mas nem por isso o evento PrevInfra deixou de apresentar possibilidades de investimento na infraestrutura, que nos próximos anos demandará dos investidores privados pelo menos R$ 300 bilhões, sendo ao redor de R$ 60 bilhões em projetos logísticos de maior qualidade, ou seja, menor risco e maior retorno.
No final da manhã desta sexta-feira, 3 de maio, no painel voltado para o tema “Oportunidades em Infraestrutura Logística: Prêmios de Retorno Relevantes, com Proteção Inflacionária”, o expositor Roberto Cerdeira, Sócio da Pátria Investimentos e responsável pelo setor de Logística e Transporte, tentou exatamente mostrar que não faltarão oportunidades atrativas para gestores que quiserem tentar. E razões para essa tentativa, considerando a carência fruto de subinvestimentos ao longo de décadas.
Agora, relatou Cerdeira, no lugar da falta o país registra uma fartura de oportunidades. “São projetos com nome e sobrenome e data para sair”, resumiu ele.
No mundo, mostrou Cerdeira, os fundos têm em suas carteiras ao menos 20% de investimentos estruturados alternativos. No caso brasileiro tal percentual não passa de modestos 3%, embora sejam muitas as carências: por exemplo, área coberta por esgoto, cobertura da internet e estradas de fato trafegáveis para escoar a enorme produção de grãos.
O vertiginoso aumento do e-commerce, claro, multiplicou carências, que o Governo poucas chances tem de atender através de investimentos públicos há muito tempo cadentes.
Para Cerdeira, investidores potenciais deveriam saudar tudo isso como uma feliz oportunidade de ganhar. Mesmo porque, na média, a experiência internacional mostra há muito tempo que são grandes as chances de se alcançar maior retorno com menor volatilidade.
Cerdeira enumerou razões em favor do investimento em infraestrutura. Começou citando “o ambiente regulatório favorável, verdadeiramente maduro”. E continuou: “Claramente temos um histórico de respeito aos contratos”.
O caixa é estável e poucos os competidores. “Daí vemos frequentemente leilões com dois ou no máximo três participantes. Países vizinhos têm o dobro disso”.
Há mais a considerar, diz Cerdeira. “Contratualmente há uma clara proteção contra a inflação e garantias quanto ao reajuste da tarifa”.
A forma pela qual os contratos tratam de como corrigir eventuais desequilíbrios vem conseguindo corrigir os desajustes, mostra a experiência. Para evitar o gasto de tempo com ações no Judiciário, passou a ser comumente prevista a opção pela arbitragem.
O PrevInfra conta com patrocínio ouro da Bocaina Capital; Pátria Investimentos; Perfin Infra; Vinci Partners; e XP Investimentos. Apoio: Fator e RJI Investimentos. O evento é organizado e realizado pela Abrapp e Abipem com o apoio institucional da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta.
