Nova edição da Revista: Abrapp propicia nova ferramenta de gestão para que EFPCs possam orientar os participantes a tomar decisões financeiras que privilegiem seu bem-estar futuro*

*Edição n° 454 (setembro e outubro de 2024) da Revista da Previdência Complementar – publicação da Abrapp, ICSS, Sindapp e UniAbrapp.

 

Por Flávia Silva

Guia de Finanças Comportamentais é disponibilizado às entidades – Motivada pela necessidade de ampliar a compreensão e aplicação dos conceitos de finanças comportamentais no contexto da Previdência Complementar brasileira, a Abrapp contratou, junto à consultoria Novaster, com sede na Espanha, a confecção do guia “Manual de Finanças Comportamentais”. O material de 20 páginas traz conceitos importantes de poupança, investimentos e sistemas previdenciários, além de oferecer ferramentas práticas para auxiliar as EFPCs a guiar os participantes na tomada de decisões financeiras bem embasadas.

Segundo Eduardo Lamers, Assessor da Superintendência Geral da Abrapp, as pesquisas internacionais e os estudos acessados por meio de publicações, como a Revista da Previdência Complementar, bem como eventos internacionais promovidos pela UniAbrapp, têm enfatizado a importância de se lidar adequadamente com vieses comportamentais para estimular a formação de poupança previdenciária. “Esse contexto impulsionou a busca pela consultoria da Novaster, renomada internacionalmente, visando trazer para o Brasil um conhecimento acumulado sobre o tema, com o objetivo de beneficiar as Entidades Fechadas de Previdência Complementar”, observa.

Lamers ressalta que o material foi adaptado ao sistema brasileiro. “Durante o processo de adaptação, foi considerado que os regimes previdenciários ao redor do mundo possuem diferenças significativas em termos de pilares estruturais e formas de financiamento.” Assim sendo, a revisão do conteúdo buscou alinhar o guia com a realidade e as práticas específicas do Brasil, tanto no que se refere à previdência social quanto, principalmente, à Previdência Complementar. “Isso garante que os conceitos e recomendações estejam plenamente adequados ao contexto nacional”, explica.

A intenção da Abrapp ao proporcionar esse conteúdo para as associadas é oferecer uma ferramenta adicional de gestão às entidades, que poderão utilizar o guia para melhorar o planejamento financeiro dos participantes ao aplicar os conceitos de finanças comportamentais na tomada de decisões. Segundo Lamers, isso pode incluir o desenvolvimento de estratégias de comunicação e engajamento que levem em consideração os vieses comportamentais identificados, tais como a aversão ao risco e o excesso de confiança.

Além do reconhecimento desses vieses comportamentais, que afetam as decisões de poupança e investimento dos participantes, o Assessor da Abrapp cita a possibilidade de personalizar estratégias de comunicação e engajamento com base no perfil psicológico e nas preferências individuais. “Os dirigentes poderão criar campanhas de educação financeira mais eficazes, personalizar os perfis de investimento e auxiliar os participantes a fazerem escolhas mais conscientes e alinhadas com seus objetivos de longo prazo.”

A Economia Comportamental recomenda a simplificação das escolhas de investimentos e o uso de nudges (empurrões comportamentais), bem como a ênfase na educação financeira contínua, com foco em ajudar os participantes a superarem as barreiras emocionais e cognitivas que podem dificultar a formação de uma poupança previdenciária adequada. “Esses pontos, ao serem implementados, podem fortalecer a governança das entidades e melhorar os resultados de longo prazo dos fundos de pensão”, resume Lamers.

Após a publicação do guia, a Abrapp pretende realizar diversas ações para promover a disseminação técnica do conteúdo. “As iniciativas visam capacitar dirigentes e gestores de EFPCs, além de incentivar a aplicação prática dos conceitos apresentados”, diz Lamers. Por meio desses eventos, complementa, “a Abrapp espera contribuir para a elevação do nível de conhecimento e preparação dos profissionais da área, fortalecendo a eficácia das entidades de Previdência Complementar”.

(Continua…)

 

Clique aqui para ler a matéria completa na íntegra.

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