Nova edição da Revista – O papel dos Conselhos na implantação do novo PGA

*Edição nº 457 da Revista da Previdência Complementar – uma publicação da Abrapp, ICSS, Sindapp e UniAbrapp.

 

Está disponível para download a edição nº 457 (março e abril de 2025) da Revista da Previdência Complementar – publicação da Abrapp, ICSS, Sindapp e UniAbrapp. A matéria de capa aborda a transição para o novo modelo do PGA, que impõe desafios para as entidades, como a capacitação dos colegiados e robustecimento dos processos internos. A edição também comenta sobre reformas significativas em sistemas de aposentadoria na América Latina, diante do envelhecimento populacional acelerado e da necessidade de ampliar a cobertura previdenciária. A revista conta ainda com entrevista exclusiva com o economista Raul Velloso, trazendo como tema a ausência de reformas estruturantes e o envelhecimento populacional também preocupante na previdência social brasileira. Leia a seguir o editorial da edição:

 

Por Flávia Silva – Editora

A Resolução CNPC nº 62, publicada em dezembro de 2024, tende a ser um marco para as ações de fomento e inovação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs). Mais flexível, o acesso aos recursos do Plano de Gestão Administrativa, nos moldes fixados pela nova regra, exigirá, por outra parte, maior transparência e controle sobre o orçamento. Uma responsabilidade a ser compartilhada por conselhos e diretoria executiva, que terão de conduzir estudos de viabilidade mais criteriosos e garantir a supervisão contínua dos recursos. A transição para esse novo modelo impõe desafios para as EFPCs, como a capacitação dos colegiados e robustecimento dos processos internos, elevando, ao mesmo tempo, os padrões de governança do sistema como um todo. Este é o assunto da nossa matéria de capa.

Diante do envelhecimento populacional acelerado e da necessidade de ampliar a cobertura previdenciária, diversos países da América Latina aprovaram reformas significativas em seus sistemas de aposentadoria em 2024. No Chile, o incremento do pilar estatal marca uma guinada quase 50 anos após a privatização do sistema, enquanto a Colômbia eliminou a concorrência entre os regimes público e privado, originando um sistema híbrido. No México, a constituição de um fundo público busca complementar a renda dos aposentados e, no Peru, um novo modelo multipilar pretende garantir proteção a todos os cidadãos. Em comum, as medidas têm por objetivo diversificar as fontes de renda de aposentadoria e promover um equilíbrio maior entre o subsídio estatal e o esforço individual de poupança previdenciária.

Na Previdência Social brasileira, a ausência de reformas estruturantes e o envelhecimento populacional também preocupam, conforme atesta o economista Raul Velloso, entrevistado desta edição. Segundo Velloso, o aumento acelerado da população idosa e o avanço dos déficits previdenciários comprometem o investimento público em infraestrutura, impactando diretamente o crescimento do PIB. Para contornar o problema, ele defende a criação de um fundo de capitalização financiado por ativos públicos, a fim de reduzir a pressão sobre as contas do País. Só assim, diz ele, será possível enfrentar um cenário prolongado de estagnação econômica.

Na Previdência Complementar Fechada, o movimento de redução de risco nas carteiras ganhou força no final de 2024, impulsionado pela alta dos juros e pela volatilidade do cenário global. A saída de recursos da renda variável em direção à renda fixa tornou-se uma tendência predominante, favorecida pela taxa de juros real elevada. Mas apesar da atratividade dos investimentos conservadores, no ano passado, gestores apostaram em estratégias que combinam a bolsa local com a proteção de ativos no exterior, com bons resultados. Empresas brasileiras pagadoras de dividendos também surgem como uma alternativa para manter retornos consistentes em um ambiente de incertezas.

Clique aqui para acessar a nova edição da Revista da Previdência Complementar na íntegra.

Shares
Share This
Rolar para cima