Seja no atendimento aos participantes dos planos de benefícios e mesmo nas estratégias para a evolução do sistema, o papel da Inteligência Artificial (IA) será fundamental. Essa foi a conclusão de especialistas que conduziram o painel “A Era da Inteligência Artificial Generativa: Traduzindo e Decodificando as Tecnologias”, apresentado no segundo dia do 3º Encontro Nacional de Inovação & Criação de Valor, evento realizado pela Abrapp, que acontece nos dias 30 e 31 de agosto, e termina no dia 1º de setembro.
O painel contou com a moderação de Elayne Cristina Cachen, Secretária Executiva do Colégio de Inovação e Tecnologia da Informação da Abrapp. Para ampliar a visão do público sobre o tema, participaram os palestrantes Bruno Salles, Head de Produtos da Sinqia; e Gil Giardelli, Professor Global, Escritor, Roboticista e AÍ Eticista.
Bruno Salles iniciou a apresentação lembrando que a IA, embora seja uma tecnologia antiga, tem ganhado destaque nos últimos anos, ao passar por transformações e se tornar indispensável em diversas áreas. Ele enfatizou que a percepção de que a IA é restrita para profissionais de Tecnologia da Informação já não é mais válida, uma vez que ela está integrada na rotina das pessoas e, por isso, é crucial que todos saibam lidar com ela.
Ele explicou que a capacidade da máquina pode agora reproduzir competências humanas, como raciocínio, aprendizado e criatividade. “Elas estão disponíveis e prontas para seguir objetivos específicos e resolver problemas. Além disso, a IA é capaz de imitar comportamentos por meio de ações anteriores e executar tarefas de forma autônoma”, afirmou.
Salles disse que os exemplos mais comuns são os chatbots, canais de atendimento que são alimentados por centenas de informações para responder de forma assertiva aos questionamentos de clientes. Ele explicou que o Machine Learning, é a evolução de um algoritmo que aprende por conta própria e pode reconhecer imagens, como rostos humanos, reduzindo fraudes por meio da detecção de máscaras e manipulações de imagens.
O palestrante também abordou o Deep Learning, que se baseia em redes neurais que imitam o pensamento humano. Ele compartilhou exemplos do uso dessa tecnologia em instituições financeiras para detectar comportamentos suspeitos e prevenir fraudes.
Salles explorou a tendência atual, a IA Generativa, que tem a capacidade de aprender padrões complexos com base em grandes volumes de dados. Esse tipo de IA utiliza redes neurais adaptativas para melhorar o aprendizado e pode gerar imagens e textos preditivos, oferecendo novas formas de interação e expressão.
O palestrante lembrou que a IA Generativa vai mudar a forma de trabalho, sendo um complemento, como um assistente, que pode agilizar e encurtar caminhos. Ele apresentou um case do sistema de previdência da Sinqia, que consiste em um assistente virtual para o qual o participante pode fazer perguntas diversas, sobre resgate, opções de institutos, benefícios e elegibilidade. “O assistente responde várias dúvidas sem treinamento e nem pré-configuração. É um modelo em teste que tem apresentado resultados consistentes no dia a dia, com informações no contexto restrito de cada cliente”, finalizou.
Longevidade na era da transparência radical
Gil Giardelli destacou que estamos vivendo a “era da transparência radical”, caracterizada pela interconexão de diversas ciências, incluindo a economia da inteligência artificial, e vislumbrou um período de prosperidade para a humanidade.
O especialista ressaltou a importância da IA Generativa na era da Web 3.0, que incorpora elementos como blockchain, criptomoedas e tokenização, indicando uma mudança significativa de paradigmas. O professor citou diversos exemplos dos avanços da tecnologia, com o uso de humanoides para liderança e aprendizado, a evolução do Metaverso e como grandes empresas como Sony e Netflix estão oferecendo empregos lucrativos para especialistas em IA e engenheiros de Machine Learning. Ele destacou o surgimento de novos empregos nessa área e a influência da IA no campo artístico, incluindo a criação de arte digital NFT.
Giardelli apontou que as superpotências do futuro serão moldadas pela realidade da Web 3.0 e discutiu o pânico tecnológico em relação às revoluções industriais passadas. Ele mencionou a transformação da sociedade global do conhecimento e a necessidade de desaprender modelos mentais obsoletos. O palestrante também abordou a revolução tecnológica em andamento, com a criação de nanochips e supercomputadores avançados.
No contexto da previdência, Giardelli levantou o impacto da longevidade devido ao avanço tecnológico, incluindo o uso de nano robôs para cuidados de saúde. Giardelli concluiu que a compreensão de três elementos – ciência, sociedade e espiritualidade – é fundamental para navegar com sucesso na nova era. “Haverá várias formas de trabalhar nessa era, com ganho de eficiência e tempo”, concluiu.
O 3º Encontro Nacional de Inovação e Criação de Valor é uma realização da Abrapp com apoio da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Ouro: Sinqia.