¨Ambidestria: caminho para disrupção¨ foi o tema da terceira plenária, realizada na quinta-feira (20), no 43º Congresso Brasileiro de Previdência Privada. O painel contou com lideranças da StartSe, escola de negócios que já impactou mais de 40 mil executivos: Cristiano Kruel, sócio e head de inovação, Junior Bornelli, CEO e fundador, e o sócio Mauricio Benvenutti. A moderação foi realizada pela jornalista Denise Campos de Toledo.
Organizações infinitas e ambidestria – Junior Bornelli destacou a importância de as organizações se reinventarem ao longo do tempo, adaptando-se aos sucessivos ciclos de mercado. ¨Estávamos acostumados a um mundo de estabilidade, só que agora não é mais assim. Para competir no novo mercado é preciso abrir espaço para o novo, ter aprendizado contínuo e evoluir de forma constante para que a organização se torne infinita¨.
O conceito de ¨organizações infinitas¨ vem do livro homônimo, escrito por Bornelli e Cristiano Kruel, e traz a máxima de que só perpetuam no tempo empresas que morrem e se reinventam o tempo todo. Para isso, é necessário ter a qualidade da ambidestria: realizar bem o que se faz hoje, ao mesmo tempo em que se constrói o que será o próximo passo do mercado.
Existem as empresas que não conseguiram, como a Kodak que se reinventou para surfar a onda da câmera digital, mas não se preparou para o tsunami dos smartphones. E há casos exemplares, como o da Globo que se reinventou para manter-se relevante nas ondas da TV por assinatura, streamings e prepara seu novo passo por meio do investimento e associação com startups.
Estratégia precisa ser fluída – Cristiano Kruel apresentou os 20 códigos para que as organizações consigam manter-se relevantes ao longo do tempo, distribuídos em quatro blocos: estratégias visionárias e versáteis, modelo de negócios, sistemas operacionais ágeis e editáveis e cultura de transformação.
Para viver para sempre, as empresas precisam de estratégias mais visionarias e versáteis. ¨Estratégia não é planejamento; é processo fluido, dinâmico, similar ao aprendizado¨, observou Kruel. Dentre as dicas estão que as organizações tenham seu ¨observatório de sinais¨ para as novas ondas de tecnologia, gestão e negócios e mantenham em dia seu repertório tecnológico.
O head de inovação da StartSe trouxe o exemplo da própria escola de negócios, que abriu hubs em diferentes partes do mundo para vivenciar onde está a inovação, incluindo o Vale do Silício e Miami (EUA) e Xangai (China).
Kruel enfatizou a importância das EFPCs manterem atualizado o seu repertório tecnológico e investirem em inovação e digitalização de seus produtos e serviços e na educação de seus colaboradores para acompanhar e se antecipar às transformações do mercado. ¨Todo mundo terá que ser fintech para fora e edtech para dentro¨.
Inovação no dia a dia e pessoas – Mauricio Benvenutti apresentou um guia criado pela McKinsey e referenciado pelo empreendedor em série Steve Blank, sobre como as entidades podem conduzir a inovação em sua rotina diária.
Segundo o framework, as organizações precisam investir esforços em três horizontes de tempo: 1 – O que faz hoje (70%); 2 – Nova tecnologia que incrementará o que faço em 5 a 6 anos (20%); e 3 – Construir o futuro que mudará o que faço em 10 anos (10%).
¨Mas o mais importante para colocar a inovação dentro do que fazemos são as pessoas¨, frisou Benvenutti. Ele citou estudo publicado pela Harvard Business Review que identificou que o atual perfil de liderança que mais ascende e tem maior aderência às responsabilidades exigidas para um CEO é o de Chief Human Resources, ou seja, diretores de RH ou de gente e gestão.
O sócio da StartSe observou que ter gente que estudou gente a vida inteira assumindo a liderança é algo muito significativo. Afinal, o conceito de organizações infinitas não se aplica somente às companhias, mas também aos indivíduos e sua capacidade de se reinventar ao longo do tempo, o que vem da educação continuada. ¨A gente não constrói uma empresa. A gente constrói um time e o time constrói a empresa¨.
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O 43º Congresso Brasileiro de Previdência Privada é uma realização da Abrapp, com apoio de ICSS, Sindapp, UniAbrapp e Conecta. Patrocínio diamante: BB Asset Management, BTG Pactual, Credit Suisse e Sinqia. Patrocínio ouro: Aditus, BNP Paribas Asset Management, Bradesco, BV Asset, Galapagos Capital, Gama Investimentos, Giant Steps Capital, Itajubá, Itaú, MAG, Mercer, Safra, Santander Asset Management, Spectra Investiments, Sul América Investimentos e XP. Patrocínio prata: AZ Quest, Bahia Asset Management, Banco Pan, BlackRock, Brasil Capital, FuturoTech, Global X, GTIS Partners, JGP, J.P. Morgan Asset Management, Maps + Data A, Market Axess, M Square, Patria, Plural Gestão, Schroders, Trígono Capital, uFund e Vinci Partners. Patrocínio bronze: Anbima, Apoena, Carbyne Investimentos, Claritas, Constância Investimentos, Daycoval, Fator, Franklin Templeton, Mapfre Investimentos, Método Investimentos, PRP, Quantum, RJI Investimentos, Venko Investimentos e Trust Solutions.
