Ao participar de evento da W-CFO Brasil, a Diretora de Planejamento da Previ, Paula Goto, abordou as novas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) relacionadas à diversidade. Em seu perfil no LinkedIn, a Diretora destacou que as regras, oriundas da consulta pública do “Anexo ASG”, representam um passo fundamental em direção a um mercado financeiro mais engajado com as questões sociais, ambientais e de governança.
“Além de informar o número de funcionários totais e a composição por gênero e raça, pelas novas regras aprovadas, as empresas devem informar nos seus formulários de referência no modelo “Pratique ou Explique” a presença de mulheres e de membros de grupos sub-representados nos órgãos de administração e conselhos. As empresas listadas na B3 terão o prazo de 2 anos para se adaptarem. Elas precisam ter pelo menos 1 mulher e 1 membro de grupos sub-representados. Em 2025 deverão ter, ao menos, o primeiro membro e em 2026 o segundo. As empresas sem adoção de critérios de diversidade deverão se explicar”, destacou.
Paula Goto disse que essas ações afirmativas são importantes, pois, como revelou um levantamento da B3, a maioria das empresas listadas não conta com a presença significativa de mulheres e membros de grupos sub-representados em seus quadros de diretores e conselhos. “Em relação a raça ou etnia, 88% não possuíam negros na diretoria estatutária e 90% não possuíam negros em seus conselhos de administração.”
Ela lembrou que a B3 lançou o Índice de Sustentabilidade Idiversa, que avalia as empresas com base em suas ações relacionadas à diversidade e inclusão. “O Banco do Brasil ocupa o primeiro lugar, com destaque para as ações lideradas pela presidenta Tarciana Paula Gomes Medeiros. Magalu também aparece com destaque, com ações efetivas protagonizadas por Luiza Helena Trajano.”
Em seu post, reforçou que o tema deve evoluir não só no Brasil, mas em outros países. Contextualizou que a Nasdaq já iniciou um movimento semelhante em 2020, e a SEC aprovou as regulamentações em 2021. Paula ressaltou que a iniciativa PRI (Princípios para o Investimento Responsável), vinculada à ONU, protagoniza importante capítulo desta história. A Previ é uma das primeiras signatárias no Brasil e conta com Denísio Liberato, representante da América Latina no conselho do PRI.
“No que tange à diversidade, seu foco é cultura corporativa inclusiva, modelos de negócios inclusivos e sociedades inclusivas, sendo sua ambição impactar o mundo positivamente. Não é coincidência que recentemente Denísio Liberato protagonizou um dos capítulos mais belos da história da B3, do Banco do Brasil, do mercado de capitais brasileiro e da BB Asset Management, onde também é o primeiro presidente negro de sua história, lançando o ETF Idiversa com o ticker DVER11”, concluiu.