A Diretora de Planejamento da Previ, Paula Goto, esteve presente no IX Fórum Regional sobre Empresas e Direitos Humanos para a América Latina e o Caribe, que aconteceu de 9 a 11 de abril, em São Paulo. A dirigente participou da mesa “Direitos humanos e setor financeiro”, juntamente com Ivette Gonzales, Martha Aguirre, Fernanda Hopenhaym, Joana Pedro e Amaury Oliva.
O painel discutiu como a proteção ao meio ambiente é fundamental para a garantia dos direitos humanos, além de explorar o papel das instituições financeiras e dos investidores na identificação e prevenção de riscos e na promoção de melhores práticas.
Representando os investidores institucionais, Paula Goto destacou a relevância da sustentabilidade para as entidades fechadas, trazendo a experiência da Previ como signatária do Pacto Global e do Principles for Responsible Investment (PRI).
“Além do Código Melhores Práticas ASGI, a Previ lançou o Rating ASGI, de onde se estabelecem critérios quantitativos e qualitativos para o estabelecimento das notas auferidas. Ele serve de guia para a tomada de decisão de investimentos e também para identificação de pontos de melhoria em empresas já investidas”, disse a Diretora.
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Leia abaixo artigo de Paula Goto sobre o evento:
O agir hoje transforma o amanhã!
Quando pensamos sobre o futuro, nós já o modificamos! Foi me debruçando sobre esta reflexão que participei da Mesa “Direitos Humanos e Setor Financeiro” no IX Fórum Latino Americano e Caribenho das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos do Programa ONU Medio Ambiente América Latina y el Caribe e ONUDH – Proyecto CERALC realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, juntamente com Ivette Gonzalez, Martha Aguirre, Fernanda Hopenhaym, Joana Pedro e Amaury Oliva.
Gosto muito de lembrar Edgar Morin, quando diz que um dos saberes necessários na contemporaneidade é a consciência terrena, de que vivemos todos em uma mesma “comunidade de destino”, o planeta Terra. Ao afirmar isso, ele chamava a atenção para o fato de que, nesta dimensão, da mesma forma que a mente não vive sem o corpo, a humanidade não vive sem o planeta. Portanto, preservar e respeitar o meio ambiente é uma questão de respeito ao ser humano.
Foi assim que participei de um painel super bem pensado para fazer as provocações necessárias não somente à reflexão, mas à ação por parte dos atores que tem o poder de indução das melhores práticas em ESG através do financiamento e do investimento. Nosso painel abordou como o cuidado ao meio ambiente é basilar dos direitos humanos e qual o papel das instituições financeiras e dos investidores na esteira da identificação e prevenção de riscos e indução de melhores práticas.
Ivette Gonzalez, diretora da organização PODER (Proyecto sobre Organización, Desarrollo, Educación e Investigación) e Fernanda Hopenhaym, integrante do grupo de Trabalho da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos, abriram a mesa explicando sobre a Iniciativa Financeira para o Meio Ambiente e Direitos Humanos e sobre o papel do setor financeiro e dos investidores em assegurar que o seu poder de catalisar o desenvolvimento seja feito com respeito aos Direitos Humanos e às populações afetas aos empreendimentos financiados ou investidos. A partir do compartilhamento de sua experiência como vítima de desastre ambiental de rompimento de barragem no México, Martha Aguirre trouxe para a mesa a interseção do tema Meio Ambiente com Direitos Humanos. Amaury Oliva, diretor de Sustentabilidade da FEBRABAN, compartilhou como as ações dos bancos como agentes financiadores podem mitigar riscos a partir da padronização de critérios para classificação dos riscos ambientais e estabelecimento de medidas restritivas para a concessão de crédito se constatadas irregularidades legais e/ou ambientais.
Representando os investidores institucionais, falei sobre a importância da Sustentabilidade para os Fundos de Pensão, considerando a experiência da PREVI como signatária do Pacto Global – Rede Brasil e do Principles for Responsible Investment. Além do Código Melhores Práticas ASGI – Ambientais, Sociais, de Governança e de Integridade, a Previ lançou o Rating ASGI, de onde se estabelecem critérios quantitativos e qualitativos para o estabelecimento das notas auferidas. Ele serve de guia para a tomada de decisão de investimentos e também para identificação de pontos de melhoria em empresas já investidas. Ressaltei ainda que, desde o ano passado, a Previ abriu a sua metodologia proprietária para que as entidades associadas da Abrapp possam também utilizar o nosso modelo de análise de rating ASGI.
Diante de tantas iniciativas e dilemas ainda a avançar, Joana Pedro, líder da UNEP-FI, a Iniciativa Financeira para o Meio Ambiente, falou sobre a importância de uma taxonomia que consiga melhor identificar e classificar os riscos relacionados à violação de direitos humanos e ao meio ambiente, o que está em construção. Com muita participação da plateia, compartilhamos também a importância de concatenarmos esforços para que possamos avançar na construção desta taxonomia considerando ainda tudo o que vem por aí em 2025…Cop 30, BRICS no Brasil, PRI in Person, que torna o Brasil, América Latina e Caribe, não somente anfitriões, mas protagonistas desta pauta!
Paula Goto
Diretora de Planejamento da Previ