O Metrus recebeu o Selo de Autorregulação em Governança de Investimentos no último dia 24 de junho. A chancela consiste na certificação dos processos da entidade nesta área e é o maior reconhecimento disponível no programa de Autorregulação coordenado por Abrapp, Sindapp e ICSS.
“O Metrus hoje está em festa”, disse a Diretora-Presidente, Alexandra Leonello, ao compartilhar a jornada da entidade neste processo, marcado pela superação, nesta entrevista exclusiva ao Abrapp em Foco.
Como foi a experiência do Metrus no processo de candidatura ao Selo de Autorregulação em Governança de Investimentos?
Alexandra Leonello: O Metrus já havia montado sua estrutura de governança e trabalhamos em sua evolução há alguns anos. Então, foi uma satisfação quando encaminhamos nossa documentação e conseguimos o Selo sem retorno (para ajustes) ou devolução do processo. Recebemos apenas três recomendações e estamos muito satisfeitos de termos conseguido atingir esse objetivo.
O empenho no atendimento dos requisitos envolveu parte significativa dos profissionais da entidade?
Houve empenho de uma quantidade de profissionais sim, porque o Selo é bastante rigoroso e precisamos demonstrar o atendimento dos requisitos. Não houve necessidade de reestruturar processos da nossa entidade, mas a demonstração do atendimento dos requisitos envolveu um trabalho, um esforço que valeu muito a pena. Ficamos muito satisfeitos com o resultado.
Poderia contextualizar um pouco sobre os avanços que a entidade já havia realizado nas práticas de governança de investimentos? E como o processo de candidatura ao Selo agregou a esse movimento positivo?
O Metrus já havia trabalhado bastante em sua governança. Criamos código de ética, comitê de investimentos, segregamos a área de riscos, tirando da diretoria de investimento, entre outras iniciativas. O racional das tomadas de decisão é sempre registrado em nossas atas, para que no futuro se possa com tranquilidade e com bastante detalhe de informação entender quais foram ali os vetores que levaram à tomada de decisão na área de investimentos. Então, já tínhamos atuado bastante na estruturação da governança, com segregação de funções.
Importante registrar o apoio do nosso Conselho Deliberativo na implementação de melhores práticas de governança. O Conselho tem sido um grande incentivador para o caminho do Metrus nesse sentido e o Conselho Fiscal também.
Enfim, é um trabalho conjunto que, neste momento, celebramos porque foi um esforço de todos. O Metrus veio em um trabalho para recuperação de imagem, recuperação do espaço e recuperação de tudo o que merece, porque é uma entidade séria. E o Selo agora vem coroar e reconhecer esse nosso esforço, estamos no caminho certo. A avaliação da Banca nos indicou isso, coroou todo esse trabalho.
Esse processo de candidatura ao Selo também nos ajudou, porque antes de enviar todos os documentos, nós o revisamos, atualizamos… O código de ética, por exemplo, necessitava ser atualizado e nós fizemos isso, assim como outros documentos.
Houve a percepção de que a avaliação serviu à entidade também como uma consultoria e diagnóstico sobre a governança? Por quê?
Sim, sem dúvida. Porque é um olhar de fora para nossa entidade, nossos materiais. Por mais que trabalhemos com esforço para aprimorar a governança, a transparência, o compliance, que é o nosso desejo, ter uma instituição reconhecida que lida com várias outras entidades – até de maior porte do que a nossa -, avaliando tudo o que fazemos é essencial para nós e nosso público. Porque o nosso participante passa a perceber que nós, através do olhar do outro, estamos de fato no caminho que contamos para ele. Ter um terceiro independente, que cuida desse assunto no nosso setor, reconhecendo isso, é, sem dúvida, gratificante. Funcionou como uma auditoria, um diagnóstico de que estamos no caminho certo.
As recomendações da Banca Avaliadora resultaram em aprendizados e aprimoramentos? Poderia citar alguns exemplos?
As recomendações são valiosas. O Metrus acabou de recebê-las. Vamos nos debruçar sobre isso, montar um grupo de trabalho e plano de ação. Consideramos muito importante as colocações feitas. Depois voltaremos para contar qual é o plano de ação que tomaremos para essas medidas.
O que a conquista deste Selo representa para a gestão da entidade e seus stakeholders?
A conquista do Selo representa a coroação de um trabalho no caminho do compliance, da governança, da transparência, da gestão de risco… Enfim, o reconhecimento de tudo aquilo que estamos fazendo e que permite que o Metrus mostre ao seu participante que está no caminho correto, porque, como eu disse, há a independência do órgão certificador. Por isso que nos interessamos pelo Selo e recomendamos a todos que façam o mesmo.
Todas as entidades devem buscar essa certificação. Ela é muito importante para mostrarmos ao nosso participante que estamos no caminho certo. Porque aqui lidamos com recursos de terceiros. E quem lida com recurso de terceiros, além de estar no caminho correto, precisa demonstrar isso para essas pessoas, esse caminho de buscar aperfeiçoamento, seriedade, segurança, confiança… Tudo isso fica registrado em um documento, em uma certificação de uma entidade independente especializada no setor. Então, é um motivo de grande alegria, o Metrus hoje está em festa.
Gostaria de fazer algum comentário adicional?
Recomendamos que as entidades busquem essa certificação porque vale a pena demonstrarmos para o nosso participante que somos sérios, que estamos trabalhando aqui com cuidado. Estamos cuidando, pensando no futuro deles, pensando na rentabilidade dos recursos de uma maneira séria, profissional, atualizada. E isso traz segurança e confiança para eles e para o setor como um todo. Isso só fortalece o sistema.
