Valorizar a conduta ética é um dos pilares de trabalho do Sindapp, sindicato patronal das entidades fechadas de previdência complementar. A adoção dos princípios éticos mostra-se condição fundamental para a prevenção de riscos e a sustentabilidade do sistema, alinhada às responsabilidades da gestão de recursos de terceiros e ao seu compromisso de longo prazo.
Nesta entrevista, Erasmo Cirqueira Lino, Diretor de Promoção da Ética do Sindapp, comenta as realizações desta pasta nos últimos dois anos e as perspectivas para 2022.
Por que a ética é uma das principais bandeiras do Sindapp?
Quando falamos sobre conduta ética, algumas pessoas podem ter a impressão de que é algo “chato” ou pouco atrativo. Infelizmente, em nosso País, ainda não temos a cultura de que a ética é tão (ou mais) importante quanto os demais assuntos tratados nas empresas e entidades. Aliás, sem a ética não teríamos a organização necessária para que qualquer empreendimento fosse bem-sucedido. E cumprir seu propósito, entregar bons resultados, é o objetivo de qualquer organização, independente de sua finalidade.
Qual a função da Comissão de Ética do Sindicato?
A Comissão de Ética tem o papel de avaliar e de apurar denúncias que infrinjam o previsto no Código de Condutas Recomendadas para o Regime Fechado de Previdência Complementar. Mas ela também tem outra função muito relevante em nosso segmento: difundir a ética e proporcionar materiais para que os profissionais possam se aprofundar sobre esse tema, a partir de questões práticas. E isso foi feito com muita ênfase nesta gestão.
Poderia citar alguns exemplos desses materiais? Como as associadas podem ter acesso a eles?
Lançamos várias publicações nos anos de 2020 e 2021, produzidas pelos membros da nossa Comissão de Ética, coordenada por Aparecida Pagliarini. Elas estão disponíveis às associadas, para download gratuito, no site do Sindapp. São artigos e e-books que abordam aspectos diversos da conduta dos colegiados e da gestão das EFPC e questões mais recentes, como as reuniões online. No ano passado, tivemos o prazer de publicar a nova edição do “Manual de Práticas e Recomendações para Conselheiros e Dirigentes das EFPC”, de autoria da Dra. Pagliarini.
Além disso, os membros da Comissão também participaram de painéis em grandes eventos do sistema, como a série de Encontros Regionais e o Seminário Dever Fiduciário. Todas essas ações são de extrema relevância, por demonstrar nossa contribuição para que este tema seja inserido de forma mais efetiva nos debates do nosso segmento.
Quais as perspectivas para 2022?
O objetivo é que possamos encerrar o ano com “chave de ouro”, pois além da publicação de artigos, queremos inovar na Comissão, utilizando novos formatos de comunicação, tais como vídeos, podcasts; sempre no intuito de maximizar a divulgação de nossa pauta.
Um ponto que também devemos trabalhar é sobre o uso do canal de denúncias, disponibilizado por Abrapp e Sindapp, no sentido de esclarecer a utilização da forma correta, para que não se tenha denúncias vazias e este possa cumprir seu propósito. Afinal, educar é também nosso papel, e procuramos fazer isso com certa frequência.
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