A revolução que vai acontecendo nos meios de pagamento, da qual o Pix é talvez o mais bem sucedido e estridente exemplo, ao lado do compartilhamento de informações do Open Finance, produzem não apenas resultados e criam enormes perspectivas, como configuram uma nova realidade para a qual as entidades fechadas (EFPC) são desafiadas a participar. “E tem todos os motivos para aceitar o desafio e tudo a ganhar com isso”, sintetizou Glauco Milhomem, Coordenador da Comissão Técnica Sul de Inovação e Tecnologia da Informação da Abrapp, e moderador do Talk 4 do 2° Encontro de Inovação & Criação de Valor realizado nesta terça-feira (28) com o tema “Open Finance, Meios de Pagamento e a Previdência Privada Chegou a nossa Vez?”
Os dois expositores não só fizeram uma extensa descrição sobre as mudanças que vêm sendo operadas sob a batuta do Banco Central, como mostraram que as EFPC devem ver o que essas transformações de fato são, uma clara oportunidade para crescerem. Mesmo porque as condições as favorecem, os ajudam a ir adiante pelas facilidades criadas.
E uma dessas facilidades, explicou um dos expositores, Alex Gracioli, Product Manager da South System, é que as entidades não precisam começar do zero. Há muito já feito e disponível para ser aproveitado. Startups, fintechs, insur techs, bancos e seguradoras, são segundo ele parceiros naturais com experiência acumulada. Ajuda também o fato de que essa é uma caminhada que acontece simultaneamente em vários países. Tudo feito com muita segurança e em fases que vão se sucedendo.
Lísias Lauretti, Board Member, Sênior Advisor e Mentor de Startups, o compartilhamento de informações é uma ideia forte e, por isso mesmo, um convite que não pode deixar de ser aceito pelos fundos de pensão. Algo tão poderoso que, associado à tecnologia, tem tudo para ajudar a redesenhar modelos de negócios.
Gracioli já considera a EFPC com a leveza de uma fintech. Especialmente aquelas entidades com urgência de estimular contribuições extraordinárias terão muito a ganhar caso se tornem mais leves e envolventes em seu relacionamento com os participantes.
Para Milhomem não há nessa nova atitude – que os fundos estão sendo convidados a adotar – qualquer traço de “modismo” e sim uma rara oportunidade. Especialmente para as entidades com planos família a oferecer e projetos de incentivar contribuições extraordinárias.
“É fácil imaginar o impacto sobre o participante que recebe em seu celular a confirmação do valor pago e já traduzido em cotas”, nota Milhomem, que se diz inteiramente convencido de que o Mundo conectado muda tudo à nossa volta. Quem não entender isso se torna aos poucos, ou talvez nem tão devagar assim, obsoleto.
Gracioli acrescenta um motivo final para mudar: dizem os economistas que a tecnologia somada a uma atitude disruptiva é capaz acrescentar 5% ao crescimento do PIB.
O 2° Encontro de Inovação & Criação de Valor continua nos dias 29 e 30 de junho. É uma realização da Abrapp, com o apoio institucional de UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. O evento conta com o patrocínio ouro da Infobase e da NTConsult; patrocínio prata da uFund; patrocínio bronze por Darede; e apoio da Way Educação.
(Por Jorge Wahl)
