Nova edição da Revista: Organizações se adaptam às transformações trazidas pela Covid*

*Edição n. 443 da Revista da Previdência Complementar – uma publicação da Abrapp, ICSS, Sindapp e UniAbrapp.

 

Pandemia afetou rotinas, postura dos colaboradores e papel da liderança, mudanças que surtiram impacto sobre a saúde em suas diversas esferas – Na atual etapa da pandemia de Covid-19, em que a vacinação permitiu abolir a maioria das restrições sanitárias e medidas de isolamento, a atenção às sequelas do “pós-pandemia” aumenta e já são identificadas mudanças consideradas irreversíveis nas relações de trabalho e na cultura de gestão de pessoas nas empresas e organizações. Para as EFPCs, o cenário não é diferente e crescem os programas de adequação em saúde e gestão de pessoas.

Na Abrapp, o Comitê de Gestão de Pessoas tem trabalhado para ajudar as fundações a acompanharem a legislação relativa aos novos regimes de trabalho. De acordo com Simone Castelão, Coordenadora do Comitê e Gerente Administrativa da Eletros, embora o trabalho remoto exista no Brasil desde 2017, só começou a se fazer de fato mais presente a partir da pandemia.

Na área de benefícios, diz Simone, percebe-se que a saúde mental está envolvida nas mudanças e que as pessoas estavam sofrendo pelo isolamento, entre outros fatores. “Cada EFPC foi traçando o seu planejamento para enfrentar essa nova realidade, que inclui a oportunidade de atrair e reter talentos pelo regime híbrido. Mesmo aquelas que não têm políticas específicas de saúde física ou mental estabelecidas já adotam algumas ações”, conta a Coordenadora. Entre as 23 entidades que compõem o Comitê, todas têm algum tipo de atuação frente às mudanças trazidas pela pandemia.

Aprendizado e ganhos – Na Previ, o tema da Covid-19 começou a ser tratado já em janeiro de 2020, quando a doença ainda parecia confinada à China. A situação segue hoje sob monitoramento constante, pois já há novos casos observados e apenas 35% da população brasileira está protegida com as duas doses de reforço, analisa Márcio de Souza, Diretor de Administração.

Muita comunicação e o apoio da Cassi – Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil – têm sido as bases desse trabalho. “Em janeiro de 2020, endereçamos o assunto junto à área de cenários macro e, no âmbito interno, passamos a nos preparar com base na experiência que já tínhamos com a H1N1”, conta Souza. O que levou a medidas para melhora da higiene, compra de máscaras, álcool gel e outros equipamentos.

Com o avanço dos casos, a EFPC acionou seu grupo de controle de crises. “Passamos a manter mais comunicação com os funcionários, além de preparar tudo para o trabalho remoto. A equipe de TI começou a trabalhar nisso, aos poucos, divididos por grupos”, diz. Em março, quando houve um primeiro caso no prédio, a diretoria determinou que 100% das pessoas fossem para o regime remoto, que durou até novembro de 2021. Sem óbitos, a Previ fez o acompanhamento dos funcionários e famílias, mantendo todos os contratos. “Não poderíamos deixar as pessoas desempregadas, até pela nossa política de responsabilidade social. Por meio da Cassi, acompanhamos os aspectos físicos e psicológicos da pandemia”, explica Souza.

Com o avanço da vacinação e redução do número de casos, foi possível o retorno ao trabalho presencial, de início via modelo híbrido. A volta ao espaço físico da sede começou pela alta direção da entidade, até que em janeiro de 2022 chegou o último grupo, dos técnicos, mas apenas com 30% das equipes no modelo presencial. De lá para cá, ocorreu uma sequência de reocupação gradual até que, em outubro, 70% já se alternam nesse regime.

O ano de 2022 tem sido de aprendizado. “A pesquisa feita para o Selo de Engajamento da Abrapp foi importante para nos orientar. Percebemos que é preciso fazer um diagnóstico da nossa cultura para evoluir no atual cenário”, afirma Souza. A entidade prepara a equipe para seguir o conceito de entregas feitas pelos funcionários e colaboradores.

O grupo de gestão de crises foi desativado em meados deste ano, mas o acompanhamento e as medidas sanitárias foram mantidos. “A Covid, como a influenza, vai e volta. Estamos fazendo a conscientização para que as pessoas tomem a quarta dose (segunda dose de reforço) da vacina. Continuamos a acompanhar e eventualmente retomar o uso das máscaras”, afirma Márcio de Souza.

Hoje, a maior preocupação é com a saúde mental, uma quebra de paradigma. “Percebemos o impacto psicológico, e aperfeiçoamos um programa, que já existia, para promover um bom ambiente laboral e a saúde integral de modo mais estruturado, com profissionais dedicados e acompanhamento terapêutico”, conta o Diretor Administrativo. (Continua…)

 

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