Está disponível para download a edição n. 443 (novembro e dezembro de 2022) da Revista da Previdência Complementar – Publicação da Abrapp, ICSS, Sindapp e UniAbrapp. Nesta edição, a principal chamada de capa é da reportagem especial com as perspectivas de especialistas para a economia em 2023. Em comum na opinião deles, prevalecerá um cenário de alta volatilidade para o próximo ano, com juros domésticos ainda em patamar elevado, crise energética e crescimento baixo para a economia chinesa. Outro destaque presente é a sustentabilidade dos investimentos, representada pela sigla ASG (Ambiental, Social e de Governança). Leia a seguir o editorial da edição:
Por Flávia Silva – Editora
Com alguma frequência, noticiamos reformas em diferentes sistemas previdenciários e promovemos discussões sobre qual seria o desenho mais adequado para o acúmulo de poupança de aposentadoria. Num mundo cada vez mais longevo, em que baixas taxas de fertilidade contribuem cada vez mais para a inversão das pirâmides etárias, assegurar padrões razoáveis de sustentabilidade aos sistemas ao mesmo tempo em que se garante benefícios dignos aos segurados/participantes, dentro de regras claras e justas, é o que todo governo almeja. Na presente edição, apresentamos mais um case em que ajustes vêm sendo realizados a fim de aprimorar os resultados dos investimentos de longo prazo: a reforma do sistema australiano, um dos maiores do mundo em volume de ativos e referência em planos de Contribuição Definida.
O futuro dos regimes previdenciários, no entanto, não depende exclusivamente de questões estruturais ou paramétricas, que norteiam as fases de acumulação e desembolso. Afinal, trabalho e aposentadoria estão intimamente interligados, e já há consenso, hoje, de que carreiras mais longas serão necessárias para financiar aposentadorias também mais longas. Infelizmente, porém, há uma pedra no caminho de quem deseja ou precisa permanecer no mercado de trabalho além da hoje chamada “idade ativa”: o etarismo. A cultura das empresas, a atitude da sociedade e a forma como as pessoas enxergam a si mesmas frente ao envelhecimento são temas discutidos em matéria desta edição.
A sustentabilidade dos investimentos – traduzida pela sigla ASG (Ambiental, Social e de Governança) também é destaque nas próximas páginas em dois segmentos distintos: na entrevista logo a seguir e em texto que trata do código da Anbima para classificar os fundos quanto a esses critérios. No momento em que o mundo para com o intuito de discutir o clima na COP 27, não poderíamos deixar de abordar assunto tão relevante.
Por fim, mas não menos importante, brindamos nossos leitores e leitoras com as perspectivas de economistas de peso para o ano que se inicia. Em comum, a opinião de que 2023 não será fácil, seja no ambiente externo quanto interno. Juros mais altos e prolongados, os efeitos sobre o dólar e a moeda brasileira, a crise energética, a recuperação chinesa e o impacto sobre as commodities, bem como a necessidade de se discutir questões fiscais no Brasil são apenas alguns dos componentes desse turbulento contexto que nos aguarda.
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