Pesquisa busca mapear participação das mulheres na Previdência Complementar

Para compreender melhor a participação das mulheres no segmento de previdência e propor alternativas inclusivas, a Secretaria de Regime Próprio e Complementar do Ministério da Previdência Social, por meio do Departamento do Regime de Previdência Complementar, em parceria com a Abrapp, realizará uma pesquisa inédita sobre o tema. O levantamento será conduzido de forma online, entre os dias 6 e 24 de janeiro, com o envio de formulários para as 268 entidades afiliadas à Abrapp, e estará aberta para outras entidades do segmento.

O Secretário do Regime Próprio e Complementar do Ministério da Previdência Social, Paulo Roberto dos Santos Pinto, diz que o objetivo é mapear a inclusão das mulheres nos planos de previdência complementar, sua participação na gestão dessas entidades e identificar iniciativas específicas voltadas ao público feminino. “Com base nos dados coletados, a Secretaria de Regime Próprio e Complementar pretende formular políticas públicas inclusivas que incentivem maior adesão das mulheres à previdência complementar e promovam equidade de gênero no setor”, afirma.

Nos últimos anos, o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho trouxe mudanças significativas para o cenário previdenciário. Com mais mulheres inseridas no ambiente profissional, cresce também a demanda por uma cobertura previdenciária adequada, que possa garantir qualidade de vida na aposentadoria.

Segundo dados do Relatório Gerencial de Previdência Complementar do 2º trimestre de 2024, os homens ainda representam 62% dos participantes dos planos fechados de previdência, enquanto as mulheres correspondem a 38%. A discrepância reflete desafios estruturais, como a desigualdade salarial, interrupções na carreira devido à maternidade e ao cuidado familiar, e a sub-representação feminina nos cargos de gestão das entidades de previdência.

O Diretor do Departamento do Regime de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social, Narlon Gutierre, explica que o mapeamento permitirá compreender os desafios enfrentados pelas mulheres e identificar barreiras que dificultam sua inclusão e promover ações para superá-las. “Além disso, a pesquisa pode estimular a diversidade nos cargos de gestão, fortalecer a sustentabilidade das entidades e fomentar a inovação no sistema previdenciário”, completa.

Os resultados da pesquisa serão divulgados em um evento na segunda quinzena de março de 2025. A partir desses dados, o Ministério da Previdência Social pretende implementar ações que alinhem os benefícios previdenciários às necessidades das mulheres. Entre as medidas possíveis estão incentivos para um ambiente de trabalho mais inclusivo; criação de programas de educação financeira e previdenciária específicos para mulheres; e o desenvolvimento de políticas públicas que promovam maior adesão feminina aos planos de previdência.

Clique aqui para acessar o formulário.

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