Quanta avança em produtividade com assistentes de Inteligência Artificial

A utilização da Inteligência Artificial (IA) está ampliando a produtividade da Quanta Previdência. A entidade desenvolveu assistentes personalizados no ChatGPT, que interagem entre eles, em diversas áreas, desde  gestão de riscos, contratos, controladoria, marketing, investimentos entre outros. “Os GPTs específicos se tornaram assistentes, que foram viabilizados pelo licenciamento das tecnologias. Estamos economizando cerca de 5 horas para junção de dados e análise na área de ideação e design estratégico, por exemplo”, conta Glauco Milhomem, Diretor de TI e Operações da Quanta Previdência.

Segundo ele, o recurso integra automação, eficiência e inovação, e foi adaptado às demandas específicas de governança e de segurança do segmento previdenciário.  A entidade tem assistente de IA que desenvolve notas técnicas sobre empresas para a tomada de decisão sobre a contratação. Segundo ele, os dados são anonimizados para garantir a segurança.

“Isso trouxe autonomia para a Governança executar tarefas que antes não eram possíveis, porque nem sempre os conselheiros e diretores têm todos os conhecimentos técnicos e específicos. Com a IA, podemos nos tornar experts em Design, Direito, análise de propostas, por exemplo. O trabalho dos colaboradores das áreas está se voltando cada vez mais para a análise. Com mais tempo para pensar em estratégia, podemos otimizar recursos, promover iniciativas e dedicar mais tempo para o nosso crescimento”, avalia.

A utilização da IA se estendeu também à avaliação de desempenho dos colaboradores, na qual os aspectos subjetivos ficam de fora, e o peso é maior para métricas e indicadores objetivos de performance, capacidade e engajamento do time. “A avaliação ficou mais racional e padronizada”, explica Milhomem.

Na Quanta, a IA chegou a processos como geração de atas, balancetes e relatórios, no qual a economia de tempo é de três dias na produção desses documentos. “A grande sacada é que a IA nos habilita. Seja criando conteúdo, analisando dados ou desenvolvendo soluções, ela nos torna mais produtivos e criativos, sem que seja necessário ter equipes maiores. Nossa capacidade de atender às demandas do setor aumentou exponencialmente”, explica o Diretor de TI e Operações da Quanta.

Atualização contínua

Além disso, a interação com as ferramentas é cada vez mais personalizada. A IA é capaz de mapear ajustes feitos pelos usuários, aprendendo com as intervenções para melhorar os resultados futuros. O Diretor conta que as ferramentas e tecnologias são atualizadas constantemente, em busca de melhores resultados e experiência do usuário, além de menor custo, que a IA está avançando rapidamente.

Atualmente, entre as tecnologias de IA utilizadas na entidade estão, além do ChatGPT, o Gemini e o Claude, que se diferencia por oferecer múltiplas LLMs (Large Language Models) voltadas para tarefas especializadas. A ferramenta têm se mostrado útil em áreas como desenvolvimento de código, análise de dados e prototipagem.

“Utilizamos o Claude para ajudar no desenvolvimento e revisão de código, analisando o trabalho dos desenvolvedores e propondo melhorias. Além disso, a ferramenta permite criar protótipos funcionais que podem ser testados em tempo real”, destaca.

Outra ferramenta utilizada pela Quanta é o recurso de Canvas, que integra IA com recursos interativos para personalizar conteúdos. Com o Canvas, as EFPC podem ajustar textos conforme o público-alvo, personalizando o tom, o nível de complexidade e até mesmo inserindo elementos visuais como emojis para gerar impacto em redes sociais.

“Por exemplo, com o Canvas, é possível criar um texto para um público de pós-graduação ou simplificar para um nível pré-escolar, dependendo da necessidade. Isso tudo sem reescrever manualmente, apenas ajustando configurações diretamente na interface”, explica.

Funcionalidades em tempo real

O desenvolvimento de protótipos também é destaque na adoção da IA. Com poucos comandos, as ferramentas de IA podem gerar interfaces funcionais. Um exemplo é a criação de telas de cadastro de usuários ou sistemas de inclusão e exclusão de dados, que anteriormente demandariam semanas de trabalho de uma equipe de desenvolvimento.

“Escrevemos comandos simples, como ‘inclua um botão de exclusão’, e a IA não só cria a funcionalidade, mas também apresenta o código correspondente. Isso permite que profissionais de diferentes áreas interajam diretamente com a tecnologia, sem conhecimento avançado de programação”, acrescenta.

Um ponto de debate na implementação de assistentes de IA é o modelo de armazenamento. Enquanto as ferramentas operam na nuvem, o que garante o acesso aos mais recentes avanços e integrações, algumas EFPC optam por hospedar localmente suas soluções em servidor, buscando maior controle sobre os dados.

“A utilização de servidores garante independência, mas limita o potencial da IA, já que ao deixar de se conectar com a web, também limita o acesso a informações atualizadas que estão nas bases de dados externas”, explica.

Apesar da controvérsia, ele acredita que o uso da nuvem possibilita maior eficiência e inovação. “Ao integrar as ferramentas com a web, conseguimos criar soluções mais robustas e conectadas às necessidades dos participantes. No entanto, é fundamental garantir a segurança e a privacidade dos dados”, reforça.

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