Levantamento da consultoria Aditus mostra que a rentabilidade mediana das EFPC foi de 8,94% em 2022, resultado superior à mediana apurada em 2021, que havia sido de 4,77%. O desempenho dos planos das entidades fechadas foi superior à inflação medida pelo IPCA, que encerrou o ano passado em 5,79%.
Segundo o estudo da consultoria, o plano que obteve maior rentabilidade mediana no ano passado foi o BD, com 9,94%. Os planos CD e CV tiveram, em média, retornos de 8,53% e 8,22% no ano, respectivamente.
O estudo traz dados de 120 entidades que somam R$ 307 bilhões de patrimônio sob gestão, distribuídos em planos de Benefício Definido (48%), Contribuição Definida (23%) e Contribuição Variável (29%). Nas carteiras dos planos que fazem parte do estudo 84,56% do patrimônio estavam alocados em Renda Fixa, 7,62% em Renda Variável, 5,38% em Estruturados, 2,13% em Investimentos no Exterior e 0,31% em Imóveis.
As classes de ativos que se destacaram no ano passado foram o Multimercados Estruturados, com rentabilidade de 14,72%, seguidas pelo retorno de 12,42% da Renda Fixa e de 11,68% de ALM (títulos públicos).
Os detratores de rentabilidade foram os Investimentos no Exterior, que encerraram o ano com retorno negativo em 23,54%, seguido pelos FIPs (-16,59%) e Renda Fixa Exterior (-3,54%).
Essas classes tiveram um desempenho negativo por causa do risco de recessão nos Estados Unidos, além de perspectivas negativas para a inflação global, agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. A Bolsa brasileira refletiu as preocupações do mercado financeiro em relação à condução da política fiscal pelo novo governo. “O resultado negativo da Bolsa em dezembro ocorreu mesmo com um fluxo positivo de entrada de capital estrangeiro, superior a R$ 10 bilhões. No que tange à curva de juros, observou-se um deslocamento para cima, reflexo de todas as incertezas citadas”, informou a Aditus.
As classes de ativos que se destacaram no ano passado foram o Multimercados Estruturados, com rentabilidade de 14,72%, seguidas pelo retorno de 12,42% da Renda Fixa e de 11,68% de ALM (títulos públicos).
Os detratores de rentabilidade foram os Investimentos no Exterior, que encerraram o ano com retorno negativo em 23,54%, seguido pelos FIPs (-16,59%) e Renda Fixa Exterior (-3,54%).
Essas classes tiveram um desempenho negativo por causa do risco de recessão nos Estados Unidos, além de perspectivas negativas para a inflação global, agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. A Bolsa brasileira refletiu as preocupações do mercado financeiro em relação à condução da política fiscal pelo novo governo. “O resultado negativo da Bolsa em dezembro ocorreu mesmo com um fluxo positivo de entrada de capital estrangeiro, superior a R$ 10 bilhões. No que tange à curva de juros, observou-se um deslocamento para cima, reflexo de todas as incertezas citadas”, informou a Aditus.
Centrus: destaque para o plano BD
Apesar do ano desafiador de 2022 no cenário internacional e de volatilidade na curva de juros no Brasil, a Centrus, Fundação Banco Central de Previdência Privada, encerrou o período com resultado positivo em seu plano BD, cuja rentabilidade foi de 17,10%, desempenho superior à meta atuarial de 9,68%.
Gustavo Ottoni, gerente técnico de investimentos da Centrus, diz que contribuiu para o resultado a menor exposição em ativos de maior risco na carteira dos planos BD. O que também favoreceu o resultado foi a entrada de precatórios OFNDs (Obrigações do Fundo Nacional de Desenvolvimento), que foram devidamente descontados da meta atuarial.
CAPEF: plano maduro superou meta atuarial
A CAPEF – Caixa de Previdência do Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil – informou que seu plano BD superou a meta atuarial, com retorno de 11,54% em 2022, e proporcionará um reajuste de 100% da inflação medida pelo INPC aos participantes.
O resultado corresponde a 102,8% da meta atuarial da entidade. “A superação da meta de rentabilidade, mesmo em um cenário particularmente desafiador, possibilitou a manutenção da taxa de contribuição em 19,20%, menor nível desde 1986”, informou a entidade em nota.
Um dos fatores importantes para o resultado, segundo a entidade, está no fato do plano BD ser mais maduro. “A legislação permite que os títulos públicos federais de longo prazo sejam precificados pela taxa de juros da data de aquisição – marcados na curva, portanto não sofrem os impactos na volatilidade da taxa de juros. Além disso, a alocação dos investimentos é menor em ativos de risco, os quais sofreram bastante no último ano”, explicou.
O resultado corresponde a 102,8% da meta atuarial da entidade. “A superação da meta de rentabilidade, mesmo em um cenário particularmente desafiador, possibilitou a manutenção da taxa de contribuição em 19,20%, menor nível desde 1986”, informou a entidade em nota.
Um dos fatores importantes para o resultado, segundo a entidade, está no fato do plano BD ser mais maduro. “A legislação permite que os títulos públicos federais de longo prazo sejam precificados pela taxa de juros da data de aquisição – marcados na curva, portanto não sofrem os impactos na volatilidade da taxa de juros. Além disso, a alocação dos investimentos é menor em ativos de risco, os quais sofreram bastante no último ano”, explicou.