Sindapp: Renovação de home office deve entrar na pauta das Convenções Coletivas de Trabalho 2022

Com o aumento dos casos de Covid-19, impulsionado pela variante ômicron, várias entidades fechadas de previdência complementar decidiram prorrogar o regime de trabalho remoto ou adotar o regime híbrido para suas equipes.

Assim, a previsão é que o cenário para as negociações das Convenções Coletivas de Trabalho no primeiro semestre de 2022 deverá ser semelhante ao de 2021. A avaliação é do Vice-presidente do Sindapp, sindicato patronal das EFPCs, José Luiz Rauen, responsável pela pasta Sindical.

“Nas Convenções que serão firmadas neste início do ano a questão do home office retornará à pauta. Então, deveremos ter renovação das cláusulas sobre trabalho remoto”, afirma Rauen. Presidente da CuritibaPrev, Rauen nota que a entidade é uma das que optaram por retornar ao home office, mantendo alguns funcionários para o plantão presencial, para preservar o time em meio à nova onda de infecções.

Sindicatos se manifestam – Rauen informa que o Sindapp recebeu a pauta reivindicatória do Sindicato dos Securitários do Rio Grande do Sul, referente à Convenção Coletiva de Trabalho local, cuja data-base é janeiro. Nos próximos dias, as associadas deverão ser convocadas para uma assembleia por videoconferência para tratar do tema. A expectativa é que se tenha uma negociação tranquila entre os dois sindicatos, como em 2021, com renovação das cláusulas.

Os sindicatos laborais do Rio de Janeiro e de Minas Gerais deverão enviar ainda suas pautas ao Sindapp para as CCTs 2022, e espera-se que essas negociações fluam normalmente.

Dissídio coletivo em São Paulo – O Sindicato dos Securitários de São Paulo  encaminhou pauta reivindicatória para a CCT 2022. Este mantém as exigências que levaram ao dissídio coletivo nas Convenções dos anos anteriores, como o desconto da contribuição sindical, que deixou de ser obrigatória com a Reforma Trabalhista, e a requisição para que os empregados exerçam o direito de oposição tendo que se deslocar à sede do referido sindicato laboral.

“Esse tema já está nos tribunais. O sindicato dos securitários ganhou no tribunal de São Paulo, mas já temos uma reclamação no Supremo Tribunal Federal e um recurso no Tribunal Superior do Trabalho sendo manejados. Não vamos ceder um milímetro, o direito existe para ser respeitado”, disse Rauen.

Tentativa no Paraná – O Sindicato dos Securitários do Paraná, estado em que não há Convenção Coletiva de Trabalho firmada pelo Sindapp, também encaminhou uma pauta reivindicatória. Rauen informa que o Sindicato patronal deverá manter a posição já manifestada em anos anteriores, de que não há interesse em criar uma CCT em razão de as entidades já negociarem seus acordos individualmente.

Shares
Share This
Rolar para cima