Guilherme Velloso Leão, Presidente do ICSS e Diretor Presidente da Mais Previdência, foi o convidado desta quarta-feira, 16 de setembro, do quadro “Previdência para Todos” no Almoço do MyNews, comandado pelas jornalistas Mara Luquet e Myrian Clark. O programa é transmitido pelo canal MyNews no YouTube e o quadro por ser assistido por meio deste link. Durante a entrevista, ele abordou que as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) estão com novas alternativas de planos, que tendem a se ampliar cada vez mais. “O sistema de previdência era muito fechado, vinculado somente a uma empresa”, disse. “Mas a gente vem, ao longo dos últimos anos, avançando na legislação e vemos, hoje, a possibilidade de crescer as EFPCs, aproximando-se muito de oferecer previdência complementar para todo o público ligado a entidades de classe, cooperativas e associações profissionais diversas”, destacou Guilherme Leão.
Assim, não somente o profissional que está vinculado à associação, mas na medida em que são criados os planos família, a previdência complementar pode se estender aos familiares desses profissionais, explicou Guilherme Leão. “Nos aproximamos de abrir o leque a um mercado muito grande. Até então as EFPCs estavam engessadas ao um público alvo dos funcionários que patrocinavam seus planos. E as entidades precisam aumentar sua escala. Não tenho dúvida que a previdência associativa, os planos instituídos e família vão crescer muito e com uma série de vantagens, em geral, frente às entidades abertas de previdência complementar”.
Diferença entre fechadas e abertas – Guilherme explicou ainda a diferença entre as entidades fechadas e abertas de previdência complementar, destacando que as EFPC são constituídas sob a forma de uma associação, sociedade civil, sem fins lucrativos e, assim, todo o ganho na gestão dos recursos se refere aos seus participantes, diferentemente das entidades abertas, que são administradas por bancos e seguradoras, que têm fins lucrativos e detêm uma parcela maior de taxa de administração ou de carregamento para cobrir seu lucro. Em função disso, as entidades fechadas têm maior possibilidade de proporcionar uma rentabilidade melhor aos seus participantes. “Em geral, a gente vê isso nas taxas de administração que são menores frente às taxas das entidades abertas”, complementou.
O programa contou ainda com o depoimento de um participante de EFPC que passou a poder oferecer um plano de previdência aos seus familiares, destacando os benefícios e segurança para o futuro de seus filhos, além das flexibilizações que os novos modelos de planos das EFPC possuem. “Falamos sobre a oportunidade da previdência deixar de ser aquele modelo duro de receber o dinheiro apenas na aposentadoria, se tornando um projeto também de realização de sonhos. Essa nova previdência permite ter rendas antecipadas. Com o PrevSonho, criado pela Abrapp, após acumular alguns anos, é possível fazer resgates de parte dos recursos, preservando o valor para sua aposentadoria, mas também realizando projetos como viagens, cursos, compra de imóveis, etc. Isso cria um apelo aos mais jovens, que estão pensando em seus projetos, e não somente na aposentadoria”, destacou Guilherme Leão.
Certificação – Guilherme falou ainda sobre a certificação de dirigentes, que é uma exigência legal, visando profissionalizar os dirigentes das EFPCs e passou a ser oferecida pelo ICSS de forma on-line em meio à pandemia de COVID-19. “Qualquer dirigente ou gestor de EFPC lida com a poupança de milhões de pessoas. Há muita responsabilidade, e a legislação está exigindo cada vez mais capacitação. O ICSS criou uma série de flexibilizações tendo em vista o problema da pandemia”, disse, ressaltando que a partir de 2021 a certificação de novos profissionais entrará em vigor somente através de provas e títulos devido a uma exigência regulatória. “Isso eleva o nível de governança e capacitação de quem está dentro desse segmento e tem essa tamanha responsabilidade”, complementou.