Mesmo em um ano atípico, marcado por uma pandemia global que provocou grande impacto na economia, 2020 finalizou com resultados positivos na gestão de investimentos do Economus. Todos os quatro planos de benefícios administrados pela entidade superaram as metas atuariais. O destaque ficou com o plano denominado Regulamento Geral, que é o maior em termos de patrimônio (R$2,3 bilhões) e que obteve rentabilidade de 19,93% contra 11,25% da meta (INPC + 5,5% a.a.).
O segundo maior plano da entidade, o Prev Mais, que possui patrimônio de R$2 bilhões, registrou retorno de 5,45% ante um índice de referência de 4,74%. O Prev Mais segue a modalidade de contribuição variável. Os outros dois planos do Economus, o Grupo A e o Grupo B, tiveram retorno de 10,39% e 10,37%, respectivamente, também acima de suas metas. Estes dois planos somados têm patrimônio de cerca de R$ 500 milhões.
O Diretor Financeiro do Economus, Júlio Cezar Tozzo, lembra que em 2020, ocorreu uma das maiores crises econômicas da história, reflexo da pandemia da Covid-19, que gerou queda no valor dos ativos de todos os segmentos da economia. Ativos de renda fixa, renda variável, estruturados, imobiliários chegaram a sofrer desvalorização acentuada durante o primeiro semestre de 2020, com o Ibovespa tendo registrado desvalorização de 40%.
Durante esse momento delicado, a gestão de investimentos do Economus manteve sua atuação pautada pelos objetivos de longo prazo declarados na Política de Investimentos, mas sempre atenta a oportunidades atrativas e alinhadas com esses objetivos. Pensando nisso, realizou investimentos de cerca de R$500 milhões, principalmente em títulos públicos federais e renda variável, que contribuiram para garantir desempenho positivo dos planos.
“Nossa política de investimentos procura manter o olhar no longo prazo, com horizonte de 5, 10 ou 15 anos. Esse olhar mais longo nos ajudou a manter a calma nos momentos mais adversos, ao mesmo tempo que procuramos aproveitar as oportunidades”, diz o Júlio Cezar. Ele revela que o ano de 2020 foi um período que a entidade até promoveu maior movimentação nas alocações do que em anos anteriores.
“Aproveitamos oportunidades com os títulos públicos e na renda variável. Fizemos uma gestão mais ativa na carteira de renda variável, com troca mais constante de fundos e gestores”, comenta o Diretor. A abertura das taxas de juros em alguns momento do ano levaram a entidade a ampliar a alocação em títulos públicos e privados. A presença de títulos do tipo NTN-C no estoque também contribuiu para o bom resultado, pois são papéis que se beneficiaram da alta do IGP-M.
Redução da meta – O resultado da rentabilidade do Regulamento Geral foi o melhor dos últimos oito anos. O resultado expressivo gerou superávit de R$ 350 milhões para o plano no exercício de 2020 e foi destinado para a redução da meta atuarial para INPC + 5% a.a. “Ainda queremos reduzir a meta um pouco mais. Achamos que o ideial é chegar a 4,5% ou 4% ao ano”, conta Júlio Cezar.
Além do retorno satisfatório dos investimentos, o Economus comemora também a superação dos desafios para manter o funcionamento da entidade no ano passado e início de 2021. O processo de migração para a estrutura para a nuvem facilitou a adoção do regime de trabalho em home office a partir de março do ano passado. O maior desafio foi manter a operação de saúde, pois a entidade administra um plano de autogestão. “Conseguimos nos adaptar rapidamente para manter o atendimento normalizado”, diz Júlio Cezar.
Os comitês, conselhos e diretoria se reuniram através da plataforma Teams. Uma inovação que ocorreu no meio da pandemia foi a doção do sistema de assinatura digital. “Foi um ano desafiador, de muito aprendizado. Podemos dizer que a principal lição foi aprender a liderar as equipes com a utilização das ferramentas virtuais”, comenta o Diretor.