Diretor Presidente da Abrapp participou de mesa sobre “Saúde Financeira” promovida pela Folha

Luis Ricardo Martins Folha Saude

O Diretor Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, participou do seminário “Saúde Integral”, realizado pela Folha, nesta segunda-feira, 31 de maio. O evento foi transmitido ao vivo no site da Folha e está disponível no YouTube (clique aqui para assistir a partir de 1:09:20). Ele participou da mesa 2, sobre “Saúde Financeira” ao lado de Marcelo Mello, Vice-Presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica; Gabriela Chaves, Economista e Fundadora da NoFront, plataforma de educação financeira; e Virginia Prestes, Professora de finanças e investimentos da Faap. A mesa foi mediada pela jornalista Cláudia Collucci.

Os principais temas debatidos na mesa foram a importância da educação financeira em um cenário de juros baixos, a volta da pressão inflacionária, o crescimento da poupança das famílias e as alternativas de investimentos e planos previdenciários. Luís Ricardo apresentou os números do sistema de Entidades Fechadas de Previdência Complementar, com patrimônio acima de R$ 1 trilhão e pagamento de cerca de R$ 70 bilhões anuais para mais de 900 mil aposentados e pensionistas. Disse que o setor é o principal veículo de poupança de longo prazo do país e mostrou que as famílias brasileiras ampliaram o nível de poupança em 2020.

“O problema é que essa é uma poupança do medo, de curto prazo”, comentou. Ele apresentou que o principal desafio em termos de planejamento financeiro é como transformar a poupança do medo em reservas previdenciárias para permitir qualidade de vida na inatividade das pessoas. Ele defendeu o estabelecimento de políticas públicas para incentivar a formação de poupança previdenciária de longo prazo.

Luís Ricardo abordou o problema da baixa cultura previdenciária do trabalhador brasileiro e o longo caminho a ser percorrido para a multiplicação da abrangência da Previdência Complementar. Mostrou que a Reforma da Previdência fortaleceu o debate em torno das novas necessidades, mostrando que o estado estará menos presente na cobertura da Previdência Social. “O brasileiro terá de trabalhar mais tempo para ter acesso a um benefício menor na Previdência Social”, disse. Por isso, reforçou a importância de maior protagonismo do trabalhador e das famílias no planejamento financeiro de longo prazo.

Ao longo dos debates e questões, o Diretor Presidente da Abrapp falou da necessidade de oferta de planos mais flexíveis e simples para atrair os participantes mais jovens. Defendeu a educação financeira e previdenciária desde o ensino fundamental e falou sobre o programa desenvolvido pela Abrapp, “Previdência é Coisa de Jovem” em parceria com o CIEE – Centro de Integração Empresa Escola. “Quanto mais cedo começar a educação financeira, melhor. Será preciso menor esforço no futuro”, comentou.

Virginia Prestes falou sobre a inclusão da educação em finanças no currículo escolar definido Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), porém, disse que falta capacitação dos professores e educadores para a implantação do programa. Gabriela Chaves coincidiu que falta estrutura e capacitação dos professores para o desenvolvimento da educação financeira nas escolas.

Marcelo Mello abordou o crescimento da procura por produtos de seguro de vida ao longo da pandemia. Ele ressaltou a alternativa de seguros de vida que oferecem alguns tipos de cobertura e indenizações para tratamentos de saúde.

Aconselhadores – Luís Ricardo defendeu ainda o papel de aconselhadores que pode ser desempenhado pelos profissionais e gestores que lidam com os investimentos e planos de previdência da população. Ele destacou a importância de incluir as finanças comportamentais na educação financeira e previdenciária. Neste sentido, é possível estabelecer um planejamento financeiro a curto, médio e longo prazo.

“Precisamos de aconselhadores para auxiliar no desenho do planejamento financeiro das pessoas”, comentou Luís Ricardo. Ele alertou para os perigos do “day trader” da Bolsa que tem virado modismo nos últimos anos. Defendeu a atitude de resiliência financeira com uma visão de longo prazo.

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