As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) terminaram o ano passado com superávit de R$ 8 bilhões, refletindo em boa parte os bons resultados conseguidos com a renda variável. Ao dar a notícia os jornais O Globo, Extra e Valor Econômico registraram já no início do texto os avanços feitos na governança das entidades, ainda que frisando o fato de as mudanças feitas nas direções da Funcef e da Previ terem trazido de volta o risco de ingerência política.
O textos de O Globo e Extra citam dados da Abrapp mostrando que a renda variável correspondeu a 20,4% dos ativos dos fundos de pensão em 2020, contra 19,6% no ano anterior, e 18,5% em 2018. Esse maior investimento em ações refletem por sua vez o esforço de diversificação que se seguiu à queda da Selic.
Entretanto, diz o professor de Finanças do Insper, Michael Viriato, o mercado mais volátil e os juros reais mais baixos tornam a gestão dos ativos algo mais complexo, ao mesmo tempo em que os investimentos irregulares feitos no passado cobram o seu preço até hoje.
Já a revista IstoÉ Dinheiro traz uma nota, acompanhada de gráfico, informando com base em dados novamente da Abrapp que os fundos de pensão encerraram o ano passado administrando “de forma conservadora” um patrimônio superior a R$ 1 trilhão. Nos últimos 5 anos, diz o texto, pouco se alterou a destinação dos recursos preferencialmente alocados em renda fixa, alvo de 3 em cada 4 reais investidos.
(Colaborou Jorge Wahl)