A PRhosper completou 40 anos em 2020, diante de todos os desafios impostos com a nova realidade trazida pela pandemia de COVID-19. Mesmo com as adversidades do cenário vigente, a entidade aproveitou as oportunidades do momento e encerrou o ano com números positivos, alcançando R$ 1,5 bilhão de patrimônio em dezembro e somando 3.963 participantes. Também no ano passado, a fundação recebeu R$ 32,2 milhões em contribuições e pagou R$ 96,8 milhões em benefícios.
Diante da necessidade de se adaptar a um novo momento, a PRhosper adotou, em março de 2020, o trabalho 100% em regime home office, que permanece vigente até o momento, implantando o atendimento via WhatsApp e interrompendo o recebimento de arquivos físicos. Todos os formulários e processos passaram a ser totalmente digitais. A entidade também deu continuidade ao programa de educação financeira, se adaptando ao formato online com palestras sobre saúde financeira.
Entre as importantes ações em termos de estrutura, a PRhosper adotou a paridade de gênero nos cargos dos Conselhos e iniciou a implantação do projeto de transformação digital com campanhas para alteração de contribuição, alteração de benefício, alteração de perfil de investimento, eleição de conselheiros e emissão de contracheques online via Área do Participante.
Em termos de investimentos, foi implantada a custódia centralizada em agosto de 2020, e após a implantação deste processo, a PRhosper começou a diversificar seus investimentos em outros segmentos que ainda não eram explorados. Houve também a contratação de FICs exclusivos para replicar os perfis de investimentos e toda sua estrutura está preparada para implantação de CNPJ por plano.
Outra ação importante realizada em 2020 foi a adequação à Resolução CNPC nº 32/2019, que trata sobre a modernização na divulgação de informações por meio de plataformas digitais. Para atender às exigências, a PRhosper criou uma página restrita e exclusiva aos participantes de seus planos para acompanhamento de documentos como balancetes, demonstrativos de investimento, extrato de ata de reunião dos Conselhos, Política de Investimentos, entre outros.
Tudo isso ocorreu durante a gestão de Valeria Bernasconi, que atuou por 14 anos à frente da entidade, e coordenação de Arthur Pires (foto acima), que ingressou na fundação em agosto de 2018. Valeria foi funcionária da patrocinadora Rhodia Solvay Group por 34 anos e, conforme mencionou na Mensagem aos Participantes do Relatório Anual 2020, sempre encarou a PRhosper como uma missão de vida e uma enorme responsabilidade de cuidar do patrimônio de mais de 5 mil famílias ao longo dos anos, que dependem da competência da entidade.
Novo Diretor Superintendente – A partir da aposentadoria de Valeria Bernasconi, Arthur Pires assumiu como Diretor Superintendente da PRhosper no dia 1º de maio deste ano. Graduado em Ciências Atuariais pela PUC-SP e com MBA Executivo pelo Insper, Arthur Pires, possui 18 anos de experiência em Previdência Complementar, sendo certificado pelo ICSS e pela ANBIMA. Ele iniciou sua trajetória na PRhosper em 2018, como Coordenador de Operações. Em outubro de 2020, o Conselho Deliberativo aprovou sua nomeação para Diretor de Seguridade e Operações da entidade, assumindo o cargo no dia 1º de novembro daquele ano.
Já em 2021, abraçou novos desafios, assumindo a Diretoria Superintendente da entidade. Ele também exerce as funções de AETQ (Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado), ARPB (Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios), ARGR (Administrador Responsável pela Gestão de Riscos) e DPO (Data Protection Officer) da fundação.
Com a sua chegada, a PRhosper realizou entrevista especial para apresentar a história de Arthur Pires, que destacou as oportunidades e desafios de assumir o novo cargo. Confira abaixo:
PRhosper 1. Como reagiu à oportunidade de assumir o cargo de Diretor Superintendente da PRhosper?
Arthur Pires: Esta era uma situação prevista desde 2018, quando fui contratado. O objetivo da minha contratação era justamente fazer essa sucessão com a Valeria. Óbvio que, embora sendo algo esperado, quando se concretiza é diferente. Trata-se de uma responsabilidade muito grande, estamos falando de administrar uma entidade que tem cerca de 4 mil pessoas vinculadas, um patrimônio de mais de R$ 1,5 bilhão, um volume de recursos bastante significativo. Portanto, é uma mistura: fiquei muito feliz, por ser uma oportunidade muito boa, mas a responsabilidade vem junto. É algo bom, mas sentir-se apreensivo é esperado e natural.
PRhosper 2. Houve um período de transição para ocupar esta posição?
Arthur Pires: Sim e este foi um processo bastante positivo. Por mais que exista a ansiedade de que as coisas aconteçam depressa, tudo ocorreu no tempo suficiente e na velocidade ideal. Em uma transição feita em um ou dois meses, por exemplo, muita coisa pode se perder. Essa programação que a Rhodia e a PRhosper fizeram, mais longa, ajudou bastante para que tudo acontecesse no ritmo adequado, nada muito corrido. Próximo da saída da Valeria, tudo já estava caminhando bem, com menos envolvimento dela (que era o objetivo). Foi um período longo, porém entendo ter sido o tempo necessário, no final das contas.
PRhosper 3. Você havia assumido, em janeiro de 2021, a função de DPO (Data Protection Officer) da PRhosper. Esta atribuição permanece, ou foi transferida para outro profissional? Neste caso, quem assumiu esta nova função?
Arthur Pires: Foi algo bastante novo. Embora eu estivesse bastante acostumado a lidar com segurança da informação (algo que também é tratado pela LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados), quando se começa a mergulhar no assunto, ver todos os detalhes, percebe-se a relevância do tema e a proporção que ele pode tomar.
O ajuste à legislação da LGPD foi algo que surgiu no meio do caminho, um novo desafio, não estava programado. Tudo caminhava para a aprovação da Lei, mas ainda não estava no nosso dia a dia.
Houve muito preparo, acabei fazendo cursos, participando de palestras, tivemos apoio de uma consultoria para implantação dos requisitos mínimos exigidos pela LGPD. E houve também uma questão cultural que, para mim, é o principal ponto: a mudança da mentalidade, de as pessoas se preocuparem mais com este assunto. Se receber uma solicitação pedindo determinado dado, a pessoa poderá se questionar: “mas eu preciso mesmo disso? Eu preciso realmente do acesso a este dado ou informação?”
Eu tenho procurado fazer reuniões mensais com o nosso time sobre LGPD, visando esclarecer dúvidas, trocar informações. Procuramos discutir sobre alguma situação vivenciada na prática, buscar exemplos do dia a dia, para que tenhamos uma visão de como tem sido a nossa adequação para a LGPD. Esta implantação nos deu bastante trabalho, mas conseguimos realizar de forma bastante satisfatória.
Atualmente, além de Diretor Superintendente e DPO da PRhosper, exerço também as funções de AETQ (Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado), ARPB (Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios) e ARGR (Administrador Responsável pela Gestão de Riscos), todas elas em cumprimento à legislação das EFPC (Entidades Fechadas de Previdência Complementar).
PRhosper 4. Quais desafios espera encontrar no novo cargo assumido?
Arthur Pires: Os desafios são os mesmos que os gestores de outras fundações têm: conseguir atender às expectativas das pessoas, para que não sejam frustradas lá na frente, no recebimento do benefício. Atingir o equilíbrio entre correr o risco necessário para ter os rendimentos das aplicações, sem afetar o recurso dos Participantes, principalmente agora.
Este é um desafio que todo gestor de fundo de pensão tem: administrar esse risco e prestar um serviço de qualidade para as pessoas, trazendo ferramentas, inovação, melhorias que possam facilitar o dia a dia dos nossos participantes. Enfim, entregar um benefício de qualidade, o que envolve a questão do risco dos investimentos e ferramentas e processos que facilitem a vida das pessoas.
Leia a entrevista na íntegra publicada na Edição 15 do Boletim ‘4 Gerações’ da PRhosper.