Abrapp e DXON lançam ProvaViva visando auxiliar as EFPCs na gestão do passivo com valor agregado

A plataforma de dados ProvaViva foi oficialmente lançada e disponibilizada para as Associadas da Abrapp nesta quarta-feira, 20 de dezembro, por meio de webinar realizado em conjunto com a DXON, empresa especializada em tecnologia para o mercado de seguros e previdência e desenvolvedora do produto.

O objetivo do ProvaViva será tornar mais eficiente o processamento e envio de informações sobre verificação de óbitos de assistidos pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). Assim, a plataforma tecnológica fornece dados de forma precisa, por meio do cruzamento de informações de diversas fontes, visando atender a uma necessidade antiga do sistema, que é evitar o pagamento indevido de benefícios pela falta de informação efetiva sobre o óbito de assistidos, o que gera passivo para as entidades.

“Temos que cuidar do nosso ativo, dos investimentos, e do nosso passivo, e nele entra o evento da morte. E por isso precisamos fazer esse controle, que não está somente na mão da entidade, também depende de informações externas”, disse o Diretor-Presidente da Abrapp, Jarbas Antônio de Biagi, na abertura do evento, que foi transmitido online e ao vivo. 

Segundo ele, o ProvaViva é um instrumento de verificação de óbitos que ajudará no  fortalecimento e segurança dos planos de benefícios geridos pelas entidades. 

Não é a primeira vez que a Abrapp oferece esse tipo de solução para o sistema. No passado, havia um acordo de cooperação técnica entre o ICSS e o INSS na condição de utilização do Sisobi – Sistema de Controle de Óbitos, conforme explicou o Superintendente-Geral da Associação, Devanir Silva.

“Por uma decisão do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil, esse acordo foi encerrado, deixando uma lacuna grande, pois é muito importante termos essa gestão do nosso passivo”, disse. 

Posteriormente, Abrapp participou da discussão de uma Medida Provisória no Congresso Nacional, à qual apresentou uma emenda, conseguindo que fosse autorizado o compartilhamento de dados com as EFPC. “Na prática, lutamos, e isso não acontecia. Havia uma dificuldade, e fomos buscar uma alternativa através da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo”, ressaltou Silva. 

O acordo, contudo, não foi para frente conforme esperado, e em julho deste ano houve a rescisão do contrato. “Desenhamos um contrato com a DXON, buscando, dentro das soluções associativas, algo positivo para nossas Associadas. É algo que acreditamos que vai agregar muito valor à gestão de passivo”, ressaltou.

Uso de dados no ProvaViva – a conexão entre Abrapp e DXON é um combustível para enfrentar esse e outros desafios das EFPC de crescer em um mundo de constantes mudanças. A decisão baseada em dados leva como referência que dados não tradicionais geram melhores resultados. Antes, tínhamos produtos que contavam com bases únicas, e agora os produtos utilizam a Inteligência Artificial e o aprendizado de máquina para fazer com que a informação chegue de maneira mais simples, rápida e até de forma mais barata às instituições.

A DXON já é preparada para trabalhar os dados de várias origens e trazer valor agregado. O CEO José Eduardo Rangel explicou como a empresa opera, e como o produto ProvaViva funciona utilizando bancos de dados que fazem análises com fontes de informações múltiplas. “Coletamos centenas de informações de todas as fontes públicas, e em alguns casos privadas, possíveis”, disse.

Segundo ele, essas informações são tratadas a partir de técnicas atuariais e inteligência analítica, e os dados são transformados em soluções. Ele exemplificou ainda como a inteligência é aplicada nesse modelo a partir de informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre motivos de óbito. “Em toda análise inicial, olhamos para a pessoa a partir de um tempo pra frente. E olhando a partir do óbito, fazemos a correlação entre a expectativa de vida e o que aconteceu”.

A inteligência do ProvaViva se baseia na compreensão da vida social, acompanhando a expectativa de um CPF a partir de comportamentos particulares, “São informações públicas. E esses modelos probabilísticos potencializados por técnicas de aprendizado de máquina analisam dados e geram resultados acurados sobre a predição de óbito.

O poder computacional é a ferramenta dos processos utilizados, e o desafio está em saber pegar essas informações, capturar, processar, organizar e gerenciar para tomar a decisão de forma precisa. “Além disso, estamos trabalhando com informações de pessoas que devem estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais”.

No contexto das EFPC, a necessidade de verificar a existência de uma pessoa é uma realidade constante. Contudo, as próprias entidades relatam que este processos é muito demorado, ineficiente e suscetível a fraudes.

O que está sendo oferecido com o ProvaViva parte de uma base de dados e passa por um processo de pesquisa, que pode ser superficial ou profunda, desde o ano do óbito até os dados do óbito e do cartório. “A profundidade das análises também está atrelada ao valor da ferramenta, e a entidade pode escolher o que mais se adequa à sua realidade”.

Processo operacional – A plataforma já possui um portal interativo que identifica o cliente previamente cadastrado e habilita os serviços contratados e, no portal, os produtos são habilitados. O ProvaViva é um dos vários produtos que vamos trazer para falar sobre inteligência de dados.

A entidade pode importar arquivos e pode tirar dúvidas por meio do Fale Conosco. Posteriormente, é feito o acompanhamento da fase de execução dos arquivos, com informações como data e quantidade de itens. São 3 a 5 dias úteis para retorno das informações, e após o prazo, a entidade receberá o arquivo indicado quais CPFs estão ou não em óbito.

Há diferentes modelos de contratação, incluindo: 

  • Consultas pontuais de acordo com a necessidade da entidade.
  • Recorrência mensal, no qual a entidade manda um arquivo inicial para consultas e mensalmente inclui informações incrementais sobre novos participantes.
  • Monitoramento semanal, no qual a entidade envia um arquivo inicial e mensalmente inclui informações incrementais, sendo que semanalmente os óbitos localizados são informados por e-mail.

Como aderir – Para aderir ao ProvaViva, as entidades devem assinar o contrato e termo de adesão e subir sua base de dados para a plataforma, em arquivos em formato txt ou csv e receberão os resultados da consulta em um prazo de três a quatro dias úteis. É uma solução para ser adotada antes do fechamento da folha de pagamento de benefícios, com resultados imediatos.

Todas as associadas Abrapp terão um benefício de uma consulta Flag Óbito por mês com até mil registros, indicando se a pessoa pesquisada está em óbito e qual foi o ano da ocorrência. Além disso, há diversos pacotes com mais informações e valores diferenciados dependendo da quantidade de dados, como data do óbito, data de nascimento, nome da mãe, nome do cartório etc.

Para saber mais, basta acessar https://appt.link/meet-with-prova-viva/comercial-prova-viva/https://onelink.to/provaviva

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