Epinne EPB 2024: Painel aborda orientações e estratégias inovadoras em planos família

O panorama atual dos planos família, orientações, boas práticas e estratégias de inovação, foram os temas discutidos no painel 6 do Epinne EPB 2024. O primeiro dia do evento foi realizado na última quinta-feira, dia 25 de julho, em Recife (PE) e reuniu mais de 400 participantes. O painel contou com as apresentações de Sérgio Cardoso, Coordenador da Comissão Nordeste de Planos Previdenciários da Abrapp, e Sérgio Magalhães, Assessor de Gestão Atuarial da Faches. A moderação foi conduzida por Antonio Bráulio de Carvalho, Diretor da Anapar.

Sérgio Cardoso abordou a importância e os obstáculos dos simuladores de benefícios na hora de promover a adesão dos participantes aos planos família. Tendo em vista a flexibilidade deste tipo de plano, que permite a acumulação para atingir diferentes metas, alguns simuladores não conseguem atender todas as variáveis.

O especialista também mencionou a pesquisa realizada com entidades fechadas sobre os simuladores, na tentativa de identificar as características que podem ser vistas como mais desejáveis nesses mecanismos. “Encontramos simuladores muito interessantes que conseguiam cumprir bem esse desafio de manter informação rápida e clara, ao mesmo tempo que disponibilizam informações detalhadas e flexíveis. Alguns simuladores possibilitam que o participante escolha a forma de simulação”.

“Obviamente, esses simuladores tratam da aposentadoria, do investimento de longo prazo e do benefício fiscal, que é uma questão importante. Mas, além dos simuladores tradicionais, algumas entidades oferecem assessoria de investimento. Não esquecemos também das coberturas adicionais de risco por invalidez e morte, além de resultados personalizados de acordo com o perfil de investimentos. Tudo isso é um desafio a ser colocado nesses simuladores e alguns conseguem cumprir bem esse papel”, ressaltou.

O palestrante explicou ainda que, apesar da pesquisa ter tratado apenas de simuladores da parte aberta para adesões, é essencial comentar a importância de o participante ter esse acompanhamento após ingressar no plano. O participante precisa entender o quanto vai receber da sua aposentadoria, então, esses simuladores precisam ir além da entrada.

Vendas e flexibilização – Sérgio Magalhães destacou que o propósito do sistema é fazer a previdência servir às pessoas, criar um plano que faça sentido e gere valor. Mas esse objetivo acaba ficando distante quando se fala apenas em números, projeções e expectativas, sem abordar o impacto na vida dos participantes. “O produto é vendido quando você explica o que ele pode proporcionar para uma pessoa, como a qualidade de vida. É isso que precisamos internalizar na nossa previdência”.

Ele ressaltou ainda que não se deve empurrar os produtos para as pessoas. É preciso modelar os planos a partir da diferença que se pode causar na vida das pessoas e não modelar as pessoas a partir das limitações dos regulamentos, normas e arcabouços, pois isso restringe pensar em inovação.

“Precisamos flexibilizar, precisamos de custeio, ter elementos e condições de fazer uma previdência melhor, para assim encontrar a maior quantidade de pessoas por meio daquilo que gera valor, daquilo que faz diferença para ela. A pessoa vem para um plano família buscando alcançar uma meta específica. Nós, como responsáveis pelo sistema, podemos oferecer isso se tivermos criatividade, disposição e principalmente a possibilidade de fornecer essas informações”, finalizou.

O especialista apresentou o case do RealizePrev, plano famíla da Fachesf, em sua palestra. Para quem pensa que é preciso fazer grandes aportes para ter uma previdência privada, Sérgio Magalhães explica que bastam R$ R$ 64 por mês para começar a participar do RealizePrev. Os únicos requisitos são idade mínima de 16 anos e possuir vínculo com o INSS no momento de aderir ao plano. A adesão de crianças e adolescentes abaixo dessa idade também é possível, desde que respaldada por um responsável financeiro.

Shares
Share This
Rolar para cima