Na abertura do segundo dia do Seminário de Investimentos, Governança Corporativa e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar – SIGA, o Diretor-Presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, ressaltou o papel relevante das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) no desenvolvimento da economia e na sustentabilidade dos mercados previdenciário, financeiro e de capitais do Brasil.
“Por meio desse protagonismo, procuramos reunir no SIGA os principais agentes de mercado e especialistas nas mais diversas áreas para fazer desse evento espaço para uma enriquecedora troca de experiências, com foco em investimentos nas melhores práticas ASG, sigla que, na Previ, ganha o “i” de integridade”, disse em seu discurso.
O SIGA é organizado pela Previ em conjunto com a Fapes, Funcef, Petros, Postalis e Valia, com apoio da Abrapp, e acontece entre 6 e 9 de agosto, no Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo pelo Youtube.
Ainda na abertura da última quarta-feira, 7 de agosto, Fukunaga ressaltou a necessidade da previdência complementar ter um olhar permanente de longo prazo, visando a sustentabilidade nos investimentos.
Para demonstrar a importância do setor, ele apresentou essa representatividade a partir de números, citando que os de investimentos da Previdência Complementar Fechada somam mais de R$ 1,2 trilhão, o que representa quase 12% do PIB do país, pagando, anualmente, R$ 90 bilhões em benefícios.
“Ativos em poupança de longo prazo representam maior proteção para um população que está cada vez mais envelhecida”, reforçou Fukunaga. “Nós, enquanto agentes desse mercado, precisamos estimular a gestão de recursos em fundos de pensão, que são reais pagadores de benefícios e não somente veículos de investimentos. Além disso, temos um papel fundamental de reduzir a pressão sobre a previdência pública do Brasil”.
Ele defendeu ainda que as entidades tenham um olhar mais abrangente para os investimentos, buscando maior diversificação e aproveitando as melhores oportunidades “sejam em quaisquer segmentos disponíveis para o investimento, desde que tenhamos segurança e confiança para seguirmos”, disse.
Fukunaga ressaltou que o setor precisa de estabilidade e maior segurança jurídica por meio de uma legislação clara para dar garantia aos investimentos em concessões a ao cumprimento dos acordos estabelecidos. “Para investir é necessário ter segurança jurídica, principalmente quando se pensa em infraestrutura. Queremos investir numa economia real que gere emprego, mas que, principalmente, traga segurança para os associados”, completou.