A Abrapp se reuniu com o BNDES nesta terça-feira, 13 de agosto, em continuidade às tratativas relacionadas aos investimentos em infraestrutura, aprofundando o diálogo sobre estruturação de produtos que estimulem as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) a investirem no setor.
O Presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp, Luis Ricardo Martins, esteve presente junto a algumas Associadas para discutir o tema. Pelo BNDES, participaram da reunião o Diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos, Nelson Barbosa, a Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, Luciana Costa, e o Diretor Financeiro e de Mercado de Capitais, Alexandre Correa Abreu.
Na ocasião, BNDES apresentou a proposta de criar um fundo de investimentos em infraestrutura com um valor alvo de R$ 2 bilhões, tendo as fundações como investidores-âncora e a participação do próprio banco. “Hoje, os fundos de pensão têm apetite para investir na economia real, e dentro da parceria com o BNDES, ampliaríamos as alternativas de investimentos em fundos, com vários gestores, a partir de um processo de seleção”, disse Luis Ricardo Martins ao Blog Abrapp em Foco.
A ideia é que as EFPC escolham conjuntamente os gestores do fundo, que teria em sua carteira diversas classes de ativos. “Colocamos alguns obstáculos para a participação bilateral, pois há hoje uma ‘demonização’ dos FIPs, e grandes entidades ainda possuem restrição para esse tipo de investimento. Mas o atual momento indica que as fundações têm apetite para estreitar parcerias com o BNDES para esses investimentos”, reiterou Martins.
Durante o encontro, também foi retomada a proposta de se criar uma debênture tradicional indexada à inflação com garantia pelo BNDES e um prêmio em relação às NTN-Bs com a mesma duration. Uma das ideias é lançar uma série de emissões direcionada para a reconstrução do Rio Grande do Sul voltada para as EFPC na condição de investidores de longo prazo.
Para seguir com essas possíveis estruturações, a Abrapp propôs que se faça um estudo, por meio de um Grupo de Trabalho composto pelas EFPC coordenadas pela Associação, e representantes do BNDES, para avaliar o que seria viável dentro das características de investimentos das entidades.
“É um processo evolutivo e, através desse GT, vamos efetivar e viabilizar as alternativas que foram colocadas”, declarou Martins.O BNDES acatou a sugestão, e a formação do GT, bem como a nomeação de seus integrantes, deve ser anunciada posteriormente.