O futuro da agilidade é a agilidade de negócios, e é o negócio que tem que conduzir isso. E quem é o dono do negócio é a alta gestão. Essas foram as frases que abriram a palestra de Luiz Parzianello, ABO Academy, no segundo dia do 3º Encontro Nacional de Gestão de Pessoas. O evento iniciou na quarta-feira, 13 de setembro, e terá programação até sexta-feira, 15 de setembro.
A Talk “Agilidade de Negócios: O Despertar da Gestão Evolucionária” contou com moderação de Regis Rodrigues, Membro do Comitê de Gestão de Pessoas da Abrapp.
Continuando seu raciocínio, Parzianello disse que não são os executivos, conselheiros ou C-Level que “colocam a mão na massa”, nas palavras do especialista. A alta gestão sabe para onde quer ir, mas é a média gestão precisa tocar as estratégias em prática, reiterou.
Assim, os líderes são colocados como os principais agentes inspiradores dessa evolução, podendo, assim, disseminar a ambidestria em toda a organização. “Isso gera valor para todo o ecossistema organizacional”.
Na Previdência Complementar, ele ressalta que o objetivo não deve ser impactar apenas o participante, mas sim toda a sociedade, ou seja, pensar dentro de um ecossistema muito maior.
Para explicar como esse movimento pode ocorrer dentro das empresas, Parzianello falou sobre as ondas da agilidade. Segundo ele, de 2018 pra cá, começou-se a falar de agilidade no mundo dos negócios.
O especialista explicou sobre o conceito de Darwinismo Empresarial, citando um conceito de que ser ágil significa ser proficiente na mudança. Explicando como foi a evolução do pensamento ágil, que começou em sua primeira onda em 2001, com a chamada agilidade operacional, Parzianello disse que a agilidade consiste em equipes ágeis, foco no cliente, entrega de produtos e melhoria contínua.
A segunda onda, da agilidade organizacional, focou na gestão de produtos, portfólios, pessoas e agilidade em escala. “Muda o modelo de gestão que você mudará a cultura. Quem muda o modelo de gestão? A liderança. Tudo parte de lá”, reforçou o especialista.
Agora, a terceira onda, da agilidade de negócios, engloba gestão estratégica e ambidestra. “É preciso estar aberto a coisas novas, e para isso se testa e falha. São ciclos curtos”, reiterou Parzianello. “É um processo contínuo de apredizagem”.
Ele citou diversos conceitos de agilidade de negócios, reforçando que cada empresa acaba utilizando o que couber para si, mas os líderes precisam querer ser protagonistas dessa evolução organizacional. “Ressignificando os princípios do manifesto ágil, é preciso falar em todas as partes interessadas”, disse.
Assim, ele define a agilidade de negócios como “a capacidade de uma organização impactar positivamente todas as partes interessadas e de gerar vantagem competitiva para o negócio, viabilizando o seu crescimento de forma sustentável”.
“No mercado de previdência privada, crescer de forma sustentável é regra básica”, reiterou Parzianello. E a responsabilidade do processo de gestão de pessoas, que é estratégico, é utilizar a agilidade de negócios como um meio para desenvolver novas capacidades organizacionais, disse o especialista.
Parzianello reforça que as decisões, que partem da liderança, devem visar responder rapidamente às necessidades dos clientes e demais partes interessadas e adaptar-se às mudanças e tendências, acelerando o crescimento através da inovação e atraindo, desenvolvendo e engajando talentos.
“Tudo isso precisa ser realizado de forma sustentável”, completou.
O 3º Encontro Nacional de Gestão de Pessoas é uma realização da Abrapp com o apoio institucional da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Ouro: LG Lugar de Gente – Sistemas Humanos e Walking The Talk. Patrocínio Bronze: Arual Turismo.
