3º Encontro Inovação e Criação de Valor: O desafio da competitividade em um mundo cada vez mais instantâneo

Em um mundo cada vez mais ágil e competitivo, todas as organizações devem se adaptar a uma nova maneira de entregar seus produtos e serviços. A Talk “Decodificando a Agilidade de Negócios: O Que Vem Depois do Digital?” discutiu isso durante o 3º Encontro Nacional de Inovação e Criação de Valor, na última quinta-feira, 31 de agosto.

“É importante a gente ver como as empresas precisam se adaptar a essa nova realidade e ter a capacidade de ouvir o cliente, ficar antenado no mercado e agregar valor na ponta. Agilidade de negócio e mudança não é um simples processo, mas é uma transformação cultural”, disse Felipe Luciano, Coordenador do GT de Transformação Digital da Abrapp, que moderou o painel.

Para explicar com mais detalhes sobre essa transformação, foi convidado o palestrante Eduardo Albuquerque, CEO da Nobrand, Co-fundador da Consultoria Rede Planetarium, Professor Associado da Fundação Dom Cabral, Conselheiro da Mastersense.

“Nós não estamos em um ambiente normal”, iniciou Albuquerque. “Vantagem competitiva, hoje, é velocidade. As empresas que tiverem maior velocidade criarão vantagem competitiva em seu negócio”.

Segundo ele, devido às inúmeras tentativas de criar coisas novas a todo momento, as organizações precisam funcionar menos como elefante e mais como camaleão, ou seja, se reinventar a todo momento, se adaptando ao ambiente atual.

“Estamos na revolução digital, e os elementos que precisamos agora não são os mesmos que tínhamos antes. Cabe a nós ter a certeza que não podemos parar de aprender, inclusive as organizações”, reforçou o especialista.

Instantaneidade – “Podemos fazer as coisas, em qualquer lugar, muito rápido, de qualquer maneira, portanto, estamos nos tornando pessoas instantâneas. Empresas que não oferecem serviço de maneira instantânea tendem a perder muito”, alertou Albuquerque.

Ele falou sobre as transformações ocorridas nas revoluções dos últimos 70 mil anos, até hoje, passando pela Revolução cognitiva, agrícola, científica, industrial, até chegar, agora, na digital. E nessa nova era, o aprendizado está cada vez mais ágil, com colaboração e empatia, estruturas flexíveis, empresas sustentáveis e com diversidade.

“Nós temos que aprender mais rápido. E para isso, devemos criar ambientes organizacionais onde o erro controlado é possivel”, disse Albuquerque.

O especialista trouxe ainda um alerta para a barreira cultural que existe para a inovação. “Essa transformação passa por uma perspectiva cultural que inclui manter o foco, atuar com colaboração, com mais velocidade, visão (propósito e impacto) e autonomia e diversidade. Organizações baseadas somente em hierarquia não vão ter velocidade.

Mudança de mindset – A necessidade de solucionar problemas passa por uma mudança de mindset, segundo Albuquerque. Em vez de se apegar aos produtos e serviços que entregam, as organizações precisam se apegar aos problemas que os clientes estão tendo, para poder resolvê-los.

“Para fazer isso, falhar faz parte. As organizações estão criando estruturas para falhar mais rápido e aprender mais rápido”, complementou. “Não se apaixonem pelo produto, se apaixonem pelo problema”, reforçou.

Ele citou ainda que o jeito de criar produtos mudou radicalmente, e a dinâmica de esperar aprovações de toda a hierarquia de uma empresa está ficando ultrapassada. “Existem métodos para fazer com que as empresas sejam mais rápidas”, disse.

Um deles é ter times autônomos. “A hierarquia é boa para dar foco, mas alguém precisa dar velocidade”, explicou o especialista. “A vantagem competitiva do indivíduo no mundo de hoje e do futuro é a capacidade de colaboração”.

“Somente conseguiremos transformar as organizações se conseguirmos transformar os indivíduos que as lideram”, concluiu Albuquerque.

O 3º Encontro Nacional de Inovação e Criação de Valor é uma realização da Abrapp com apoio da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Ouro: Sinqia.

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