As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) lidam no dia a dia com o desafio de tomar as melhores decisões e evitar riscos que possam atingir seus processos e negócios. Para que essa gestão seja ainda mais eficiente, o uso de dados se torna cada vez mais essencial.
O tema foi debatido na Talk “Cultura Analítica – Gestão Baseada em Dados” do 3º Encontro Nacional de Inovação e Criação de Valor, que iniciou nesta quarta-feira, 30 de agosto, em formato online, e segue com programação nos dias 31 de agosto e 1º de setembro.
“Cultura analítica passou a ser a transformação do momento, e as EFPC precisam acompanhar esse movimento.’É desafiador coletar, organizar e analisar todos os dados para gerar conhecimento. Como otimizar tempo para alcançar resultados mais assertivos?”, questionou Deborah Kelly Ramos de Souza, Analista Comercial de Estratégia e Riscos da Previnorte, que moderou a palestra.
Para explicar como os dados podem ser utilizados a favor das empresas, Luana Oliveira, Head Comercial da Shooju, fez uma apresentação durante a Talk. “Como a sua empresa está trabalhando com as novas tendências tecnológicas”, questionou Oliveira no início de sua apresentação.
Ela destacou que, apesar de ser comum falar muito sobre tecnologia de ponta e olhar para esse futuro, ao olhar para a estruturação dos dados das empresas e para a gestão das informações, muitas empresas ainda estão baseadas em planilhas e enfrentam dificuldades em gerir dados.
Cultura data-driven – Tomar decisões baseada em análise e interpretação de dados significa dar o lugar da intuição às ações pautadas por números. “Para deliberar da melhor forma seus negócios, uma empresa data-driven deve utilizar dados”, disse Oliveira.
Assim, ela cita os pilares da transformação para a cultura data-driven, sendo eles pessoas, processos e gestão de dados. “Hoje temos dificuldade de tomar decisões por excesso de informação. Como garantir que dados analisados são confiáveis diante de tantas informações o tempo inteiro?”, questionou.
Por isso, segundo a especialista, é muito importante entender a jornada dos dados de ponta a ponta. E para isso, o primeiro passo é saber fazer a extração deles. Depois, como modelar e fazer com que esses dados comecem a fazer sentido dentro de uma operação e de um processo.
Também é preciso pensar na integração e na visualização dos dados para tomar as melhores decisões. “A visualização não será nada se não tivermos os pilares de extração e modelagem bem feitos. Por isso, é preciso pensar em toda a jornada dos dados”, ressaltou Oliveira.
E a tecnologia entra como ferramenta essencial nesse processo. “Se a gente quer trabalhar com uma cultura data-driven, precisamos pensar em tecnologia, pensando em informações rápidas, para tomada de decisões eficientes”.
A especialista destaca que facilita muito automatizar grande parte desse trabalho para que analistas de dados possam focar no que realmente faz sentido para a operação, gerando insights necessários para as tomadas de decisão.
Análises estratégicas – A geração de valor está na análise estratégica, disse Oliveira, e para isso, é preciso ter uma base bem constituída de pessoas, processos, dados, tecnologia, tudo isso envolvendo inovação.
Assim, as análises estratégicas envolvem identificar problemas, analisá-los, criar um plano de ação, executá-lo, checar os resultados obtidos, analisá-los e concluir o ciclo, reavaliando os processos para poder sempre melhorá-los.
“Se estamos mirando em excelência de operação e de tomada de decisão, precisamos falar de dados. O que a gente não consegue medir, a gente não consegue melhorar”, finalizou.
O 3º Encontro Nacional de Inovação e Criação de Valor é uma realização da Abrapp com apoio da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Ouro: Sinqia.
