43º CBPP: Portfólios de longo prazo e crédito privado de infraestrutura são temas de palestras técnicas

“Aqui vamos falar de 2037 e não de 2023”, começou dizendo Benjamin R. Mandel (foto no topo), Estrategista-chefe de Portfólio da Itaú Asset, ao abrir nesta quinta-feira, 20 de outubro, a palestra técnica sobre o tema “Construção de Portfólios de Longo Prazo” no segundo dia do 43º Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP). O evento termina nesta sexta-feira, 21 de outubro.

Pensar e investir no longo prazo requer, em primeiro lugar, uma visão estrutural, capacidade de analisar os riscos e um conhecimento maior da macroeconomia, disse Mandel. A esses ingredientes se soma a capacidade de estender no tempo as projeções que o FMI faz regularmente para 5 anos à frente.

O gestor da Itaú Asset explicou que construir portfólios robustos de longo prazo requer uma perspectiva das classes de ativos globais também de horizonte muito maior de tempo. Na indústria de investimentos internacional, esta é uma prática padrão. Chegar a uma alocação estratégica – ou seja, o portfólio base, aquele que seria mantido sem opiniões de curto prazo sobre os mercados financeiros – é um processo de formulação de trade-offs de risco-retorno durante um período que reflete a estrutura subjacente da economia e mercados.

Existem diferentes opiniões, mas esse horizonte pode variar de 5 a 20 anos. A ideia de adotar uma perspectiva de muito longo prazo como ferramenta de construção de portfólio é uma raridade no Brasil. Isso reflete o fato de que a estrutura da economia e dos mercados brasileiros são menos estáveis do que os do exterior, principalmente os mercados desenvolvidos.

Dito de outra forma, grandes mudanças tectônicas nos macro regimes dificultam a extrapolação do passado do Brasil – incluindo episódios de hiperinflação, booms de commodities, crescente integração global e a revisão das estruturas políticas – para um futuro distante.

ESG com retorno – Nada menos de 42% dos fundos europeus e uma maioria de assets, gestores e distribuidores comprometidos em não trabalhar com papéis de emissores não sustentáveis, é provavelmente a melhor prova de que o investimento ESG – compromissos sociais, ambientais e de governança –  abre uma imensa oportunidade para os investidores brasileiros por tratar-se de um evidente sinal do potencial de crescimento.

A análise é de Henri Rysman de Lockerente (foto acima), Gestor de Fundos Renda Fixa e especialista em ESG da BNPPAM e foi feita na abertura da palestra técnica voltada para a temática “Crédito Privado de Infraestrutura – Uma Alternativa com Alinhamento Sustentável” realizada também no segundo dia do 43º CBPP.

Para dar uma ideia do quanto o ESG ainda pode crescer no Brasil, Lockerente informou que aqui são apenas 23 fundos de investimentos que podem utilizar o rótulo de sustentáveis. Ele também enumerou provas de que o investimento ESG pode ser perfeitamente rentável. Por exemplo, um estudo da Universidade de Nova York, que tomou como base mais de 1 mil pesquisas, apontou que em apenas 14% deles os resultados reportados foram negativos.

Outro estudo global mostrou que investimentos ESG obtém maior performance quanto mais se alonga os prazos, sendo isso especialmente verdadeiro em mercados que registram maior volatilidade.

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O 43º Congresso Brasileiro de Previdência Privada é uma realização da Abrapp, com apoio de ICSS, Sindapp, UniAbrapp e Conecta. Patrocínio diamante: BB Asset Management, BTG Pactual, Credit Suisse e Sinqia. Patrocínio ouro: Aditus, BNP Paribas Asset Management, Bradesco, BV Asset, Galapagos Capital, Gama Investimentos, Giant Steps Capital, Itajubá, Itaú, MAG, Mercer, Safra, Santander Asset Management, Spectra Investiments, Sul América Investimentos e XP. Patrocínio prata: AZ Quest, Bahia Asset Management, Banco Pan, BlackRock, Brasil Capital, FuturoTech, Global X, GTIS Partners, JGP, J.P. Morgan Asset Management, Maps + Data A, Market Axess, M Square, Patria, Plural Gestão, Schroders, Trígono Capital, uFund e Vinci Partners. Patrocínio bronze: Anbima, Apoena, Carbyne Investimentos, Claritas, Constância Investimentos, Daycoval, Fator, Franklin Templeton, Mapfre Investimentos, Método Investimentos, PRP, Quantum, RJI Investimentos, Venko Investimentos e Trust Solutions.

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