O Diretor-Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, e o Superintendente Geral, Devanir Silva, realizaram apresentações no evento que marcou o início do planejamento estratégico 2023 da Fundação Libertas nesta quinta-feira, 29 de setembro. A entidade organizou um ciclo de debates em formato presencial em Belo Horizonte com a participação do Secretário da Fazenda do Estado de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, do Diretor-Superintendente da Previc, José Roberto Savoia, do Presidente da Unidas, Anderson Mendes, além de consultores e especialistas.
Na abertura, os membros da Diretoria-Executiva da Libertas, Rodrigo Eustáquio Barata (Investimentos), César Luiz Danielli (Seguridade) e José Maria dos Santos (Administração) deram as boas-vindas para os presentes, seguidos por uma mensagem do Secretário da Fazenda. Na sequência, o Diretor-Presidente da entidade, Lucas Ferraz Nóbrega, abordou a missão, a visão e os valores da Libertas. José Roberto Savoia apresentou então, a atual visão da Previc sobre a evolução do sistema.
Com o tema dos “Novos desafios da Previdência Complementar Fechada”, foi a vez da apresentação de Luís Ricardo Martins. O Diretor-Presidente da Abrapp mencionou em sua fala a resiliência do sistema na superação do cenário de instabilidade e crise, as oportunidades de fomento em diversas frentes, e a agenda positiva com a implementação do CNPJ por plano, prevista para outubro. Também abordou a proposta de flexibilização do PGA que deverá ser votada até o fim do ano e a recente regulamentação do modelo de plano instituído corporativo, fruto do produtivo diálogo com a Previc e demais autoridades do governo.
A multiplicação dos planos voltados aos familiares de participantes e os novos planos dos entes federativos foram destacados pelo Diretor-Presidente da Abrapp como as novas janelas de crescimento que estão ajudando o sistema a superar o cenário anterior de estagnação.
Luís Ricardo também expressou preocupação com proposta apresentada pelo órgão de fiscalização, na última reunião do Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC, sobre a obrigatoriedade de auditoria interna para todas as entidades. Segundo ele, a aprovação da nova regra deve trazer um forte aumento de custos para todo o segmento ao mesmo tempo que não produz maior eficiência na gestão.
Ele destacou que o sistema já evoluiu para o aperfeiçoamento da boa governança nos últimos anos, com a maior profissionalização e certificação de dirigentes, o aprimoramento do papel dos conselhos fiscais e o desenvolvimento do programa de autorregulação do sistema Abrapp. O Diretor-Presidente da Abrapp apontou a sobreposição de funções entre o conselho fiscal e a auditoria interna, com o consequente aumento dos custos que irá onerar ainda mais as entidades.
O dirigente voltou a defender políticas públicas e legislação mais favorável ao fomento dos planos de Previdência Complementar Fechada, que constituem o principal veículo de poupança de longo prazo para a economia do país. As propostas de novas regras tributárias para os planos das EFPC foram reunidas em uma “Carta aos Presidenciáveis” que foram enviadas para as equipes de todos os candidatos.
Luís Ricardo elogiou o trabalho realizado pela direção executiva da Libertas, encabeçada por Lucas Nóbrega. “É um dirigente que sempre está pensando fora da caixa para produzir inovações para nosso sistema. A direção da Libertas está de parabéns pela realização de alto nível que reuniu diversos segmentos da sociedade e do governo”, comentou.
Novo modelo de negócios – Em sua apresentação, Devanir Silva também analisou a evolução do sistema de Previdência Complementar e os esforços da Abrapp e de suas associadas para a retomada do fomento do sistema. Ele destacou o desenvolvimento de um novo modelo de negócios que diversas entidades estão implementando nos últimos anos com a mudança de mindset e adoção de uma nova cultura de vendas comerciais. Ele afirmou que a Abrapp tem trabalhado incessantemente pela reinvenção dos produtos e modelos de negócios para todas as entidades.
Na parte da tarde, o evento continuou com apresentações e debates de consultores, como por exemplo, Guilherme Benites, Sócio-Diretor da Aditus, José Edson Cunha, da JMC, entre outros. “Os debates visam construir ideias e provocações sobre temas fundamentais para nossa atuação e que permitirão um olhar sobre as tendências para os próximos anos nas áreas de previdência, investimentos, saúde e governança corporativa. Os debates servirão de insumo para a revisão e criação do planejamento estratégico da fundação e tem como objetivo promover a interação e o compartilhamento de informações entre os presentes”, diz comunicado da Libertas.
