Após gangorra, investimentos da Funpresp-Jud encerram 2020 com rentabilidade acima do esperado

Em um ano extremamente desafiador, as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) tiveram que mudar suas dinâmicas internas em 2020 para se adaptar às exigências impostas pelo isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19. Em pouco tempo, funcionários foram colocados em trabalho remoto e os gestores dos investimentos observaram as grandes oscilações do mercado. “Fomos, como todo mundo, ‘atropelados’ pela pandemia”, diz o Diretor-Presidente da Funpresp-Jud, Amarildo Vieira.

Ele conta que na fundação, não houve perda da qualidade do trabalho, aumentando a produtividade e sendo vislumbrada a possibilidade de estudar com seriedade o trabalho remoto constante. “Esse foi um passo, mas nos preocupamos e até hoje temos avaliado o retorno ao presencial, que só vai ocorrer quando for seguro para todo mundo”, diz Amarildo. Em relação aos investimentos, mesmo com quedas acentuadas da rentabilidade, houve ganhos de sucesso. “Foi uma verdadeira gangorra”, descreve o dirigente. “Vivemos uma montanha-russa, ora indo muito bem, e de repente muito mal”, diz.

Resultados – A Política de Investimentos da fundação já estava pautada, desde sua criação, em um um posicionamento mais conservador, sem expor os recursos à volatilidade de modo a promover educação financeira e previdenciária aos participantes. Com a queda da taxa de juros e a renda variável dando sinais de ser um grande veículo para investir, em 2020 o planejamento da entidade foi entrar com toda força no segmento. “Em março, contudo, tivemos uma perda expressiva, que foi recuperada em abril. Ficamos nessa gangorra e uma coisa que conseguimos fazer no sentido de manter a calma e tranquilidade nesse ambiente tão conturbado pelo qual passamos foi comunicar os participantes de que estávamos agindo bem no sentido de perseverar a integridade dos recursos”, explica Amarildo.

O Plano de Benefícios JusMP-Prev apresentou retorno de 3,23% em termos nominais e 1,86% em termos reais em dezembro de 2020, ficando acima do benchmark no mês, 1,71% em termos nominais e de 0,36% em termos reais. Segundo a entidade, esse foi o melhor resultado mensal, em termos nominais, desde o início do Plano de Benefícios. No acumulado de 2020, o Plano de Benefícios encerrou com retorno de 8,81% em termos nominais e 4,11% em termos reais, apenas ligeiramente abaixo da meta para o ano  – 8,84% em termos nominais e 4,13% em termos reais. As reservas do Plano de Benefícios encerraram 2020 com retorno de 8,90% em termos nominais e 4,19% em termos reais, superando o benchmark.

“O resultado do ano como um todo foi bom. Fomos resilientes, conseguimos manter a tranquilidade, investindo em título público, privado e no exterior. Mantivemos nossa posição na bolsa, não nos desfizemos de nada, não realizamos prejuízo, e colhemos o resultado. A reação foi bem tranquila, segura nesse período, e temos uma equipe bastante dedicada que conseguiu conduzir o destino da fundação com apoio da Diretoria para que passássemos por este ano de turbulência com bastante aprendizado. Chegar no final do ano com esses números é muito satisfatório”, ressalta.

Shares
Share This
Rolar para cima