É com enorme orgulho que participamos mais uma vez do congresso Abrapp. Esse texto é um resumo do que temos conversado com nossos clientes e parceiros nos últimos meses. Se houve um tema central em nossas discussões nos últimos três anos, e que consequentemente foi explorado em nossos portfólios, foi a perspectiva de queda estrutural nas taxas de juros no Brasil.
De um lado, esse fato deve ser muito comemorado, já que gera inúmeros benefícios econômicos e sociais. No entanto, essa nova realidade de juros baixos força a mudança da forma com que o investidor brasileiro, inclusive o institucional, precisa encarar seu portfólio.
Durante décadas, o investidor típico no Brasil se acostumou a alocar a maior parcela do seu patrimônio em um produto financeiro único no mundo, por conta de suas vantagens inigualáveis. O CDI, oferecia alta rentabilidade, com baixo risco e liquidez imediata. Um sonho inatingível para investidores de qualquer economia estável do mundo.
Mas essa realidade acabou (ao menos, até que se prove o contrário). A queda estrutural das taxas de juros traz um efeito direto: a queda na capacidade de acumulação de poupança ao longo do tempo. Explico. À medida que as taxas caem de forma linear, o milagre dos juros compostos faz com que a capacidade de acumulação de capital caia de forma exponencial.
Ou seja, aquele objetivo de se aposentar, aquela viagem para a Europa, ou mesmo a meta atuarial das Fundações ficaram bem mais difíceis de serem atingidas, por conta da queda nos juros. Especialmente se a decisão for de manter a mesma estratégia de alocação dos portfólios usada até hoje.
Nesse sentido, essa nova realidade nos coloca diante de uma encruzilhada a qual devemos decidir, de forma inadiável, qual caminho seguir, a fim de atingir aquele objetivo financeiro de longo prazo:
- Aceito esperar mais tempo para realizar meu objetivo
- Aceito aumentar o valor da minha poupança, portanto alterando capacidade de consumo atual
- Altero o perfil da carteira de investimentos, a fim de buscar retornos reais maiores, semelhantes aos obtidos anteriormente
No caso das Fundações, as opções 1 e 2 não são viáveis, dada a necessidade de cumprimento das suas obrigações e limitação de aumento de suas receitas. Ou seja, a única alternativa passa a ser alterar o perfil de risco da carteira e ter um prazo mais dilatado que permita a oscilação natural dos produtos. Intuitivamente sabemos que quanto maior o objetivo de retorno esperado para um ativo, maior o nível implícito de risco do mesmo.
Agora, na medida em que o investidor passa a buscar maiores retornos e assumir níveis adicionais de risco em sua carteira de investimentos, é preciso que o mesmo esteja preparado para aceitar a perda de um dos benefícios que a antiga renda fixa lhe oferecia, seja diminuição na liquidez dos ativos, uma elevação no perfil de crédito e/ou um natural de aumento na volatilidade da carteira.
No entanto, existem algumas técnicas de gestão de portfólio para reduzir a volatilidade consolidada dessa carteira. A mais usual é a “diversificação”, técnica que consiste em distribuir o capital em ativos de diferentes características, atrelados a diferentes indexadores e que, desta forma, se comportem de forma distinta às condições de mercado. Resumindo, ter uma carteira balanceada, em que a perda temporária de um determinado ativo, seja compensada pelo ganho de outro, e que desta forma, se comporta de maneira mais constante.
A seleção desses ativos não é um trabalho simples, mas as Fundações têm equipes profissionalizadas muito competentes para realizar a tarefa de ajustar seus portfólios às suas necessidades. Ao longo do tempo, a realidade econômica e política muda, obrigando o investidor a ajustar, de forma dinâmica, a alocação nas diferentes classes de ativos, a fim de maximizar a relação retorno/risco do seu portfólio.
No entanto, em um ambiente cada vez mais competitivo, com prêmios implícitos cada vez menores, a geração de alpha se torna mais difícil, exigindo uma análise ainda mais profunda de cada um dos mercados e ativos. É nesse ponto que o gestor profissional entra para oferecer um produto que atenda a essa demanda específica. Com equipes especializadas, profissionais experientes e focados em cada mercado, as gestoras têm se mostrado muito eficientes em capturar esse alpha.
Aliado a essa solidez e sinergia institucional, a AZ Quest oferece fundos de diferentes objetivos e perfis de risco, nas estratégias de Ações, Renda Fixa, Multimercados, Crédito Privado e Arbitragem. Cada estratégia possui uma equipe especializada nesses mercados, mas sob um processo de investimentos único e abrangente. Fundos com longo histórico de performance consistente, com grande geração de alpha, muitos deles enquadrados para os investidores institucionais. Isso permite que as Fundações possam incluir fundos da AZ Quest em muitos dos seus planos e portfólios de investimentos.
Neste congresso, renovamos nosso compromisso de seguir pensando em produtos que atendam às necessidades desse mercado, atendendo de forma cada vez mais próxima e transparente, o segmento institucional. É com esse racional que buscamos a melhoria contínua dos nossos processos chancelados pela Moody’s com a mais alta avaliação em qualidade de gestão “MQ1 (Excelente)”.
*CEO AZ Quest – Associada ao Grupo Azimut – Gestora independente italiana com mais de € 53,6 bilhões sob gestão. A AZ Quest tem mais de R$ 18 bilhões de ativos sob gestão no Brasil.
(As opiniões e conceitos emitidos no artigo acima não refletem, necessariamente, o posicionamento da Abrapp a respeito do tema)