Artigo: Como a prova de vida digital pode ajudar as entidades – Por Paulo Wiegand*, da Sinqia

Paulo Wiegand

A Prova de Vida já é um conhecido processo anual mandatório realizado por entidades de previdência complementar. Afinal, precisam reconhecer os participantes em benefício para manter seus respectivos pagamentos. 

O contexto já é acordado: as entidades, especialmente as que têm planos de benefícios definidos, pagam ao participante determinada quantia após sua aposentadoria. Elas precisam, então, se certificar de que o beneficiado continua vivo para evitar evasão de recursos do fundo de pensão de forma indevida. 

Como funcionava? O processo todo era bastante longo e complexo. Isso tanto para as empresas quanto para o cliente. Afinal, as entidades precisavam pegar toda a massa de participantes assistidos, imprimir formulários de recadastramento com dados recentes para depois fazer suas postagens pelos correios. Vale citar também o alto custo operacional, de material e de trabalhadores envolvidos.

Seguindo o fluxo, era a vez do cadastrado passar por uma rotina burocrática. O beneficiado precisava conferir seus dados, potencialmente requerer uma retificação, ir ao cartório reconhecer firma, e somente após essa autenticação mandar o formulário de volta para a entidade. 

Após esse recebimento, finalmente, os fundos checavam o formulário, corrigiam eventualmente seus dados e entregavam para o cliente seu ok: que o beneficiado passou pelo recadastramento analógico, aprovando o pagamento do benefício por mais um ano. 

Para se ter uma ideia, o processo final de validação de forma analógica leva por volta de 13 minutos por formulário. Considerando um cliente médio da empresa, o custo de horas de trabalho chegava perto de duas mil horas por ano.

A prova de vida digital – Para responder à dor de uma jornada com custos expressivos, muita fricção e burocracia, essa nova tecnologia foi criada.  O ganho operacional é sentido por todos os envolvidos no processo. A empresa agiliza processos, reduz custos e elimina erros. E o cliente passa a ter uma jornada muito mais fluída.

A nova tecnologia funciona de maneira rápida e simples. O usuário, pelo aplicativo da fundação, usa a câmera do celular para “ler” um documento próprio e oficial com foto (RG, CNH, etc). Em seguida, também no app, ele tira uma selfie. A realização desses dois passos já é o suficiente para que a tecnologia comprove com um nível altíssimo de assertividade que o beneficiário está vivo.

O mais interessante é justamente a tecnologia por trás disso. Muito além de buzzwords do setor de startups e tech, as soluções digitais ofertadas por empresas como a Sinqia conseguem trazer essas novidades para um produto que, de fato, será usado por empresas e usuários finais trazendo benefícios concretos para muitas vidas.  

No caso da Prova de Vida Digital, essa transformação conta com tecnologia de OCR, que é o acrônimo em inglês para Optical Character Recognition (ou Reconhecimento Óptico de Caracteres).  Aliado à inteligência artificial, essa tecnologia faz a conversão dos documentos em dados, e então consegue de fato “ler” o RG do beneficiário, por exemplo. Depois, é por meio da tecnologia de facematch que, em uma questão de segundos, o aplicativo faz a validação de identidade ao comparar a foto do documento à selfie tirada. 

Toda essa tecnologia garante a fluidez e total segurança do processo de prova de vida. O participante ganha uma jornada muito mais satisfatória, ao realizar um processo que antes era burocrático, demorado e custoso em segundos, dentro de casa e usando somente seu smartphone. E as empresas têm redução expressiva nos seus custos operacionais ao mesmo tempo que ganham eficiência operacional e produtividade. 

*Paulo Wiegand lidera um time de product managers e product designers na vertical de previdência da Sinqia. Tem vasta experiência em empresas de tecnologia como product manager e hoje conduz processos de discovery e concepção de produtos digitais com foco em solucionar problemas reais de entidades e participantes no mercado de previdência complementar.

Shares
Share This
Rolar para cima