Artigo: Diversificação nos investimentos – por José Ricardo Menezes*, da Método Investimentos

Jose Ricardo Menezes

A diversificação é uma técnica de gerenciamento de risco que visa distribuir o capital investido em uma certa variedade de investimentos dentro de um portfólio. Assim, o risco do portfólio é consideravelmente reduzido. Essa técnica pressupõe que uma carteira construída de diferentes tipos de investimentos, em média, produzirá maiores retornos e apresentará um risco menor do que investimentos feitos isoladamente e concentrados. Em outras palavras, a ideia central deste conceito é a de que, de maneira geral, as performances positivas de alguns ativos neutralizem as baixas ocorridas provenientes de outras aplicações. Entretanto, há de se destacar que benefícios dessa prática só serão bem observados se a origem dos ativos ali presentes não seja correlacionada entre si. Por isso, o ideal é que esses ativos estejam diversificados entre classes, geografias e setores.

Aumentar a variedade dos ativos de uma carteira de investimentos é uma atitude bastante louvável por parte de um investidor. Afinal, ao fazer isto, o investidor consegue reduzir o risco do seu portfólio e ter uma carteira muito menos volátil. Além da volatilidade, a diversificação em um portfólio de investimentos é fundamental para a preservação do capital dos investidores. Nesse sentido, como bem foi dito por Warren Buffett, um dos maiores investidores da história, a “regra número 1 é a seguinte: nunca perca dinheiro. Regra número 2: não esqueça a regra número 1”. Significa que todo investidor deve se preocupar com a preservação do seu capital investido, de forma a permitir a sua multiplicação, e não sua perda, ao longo do tempo e dos investimentos. Isto irá evitar que o investidor perca dinheiro por conta de uma concentração excessiva em uma empresa, setor ou classe de ativo. Afinal, caso haja uma concentração excessiva e o investidor perca muito dinheiro, o retorno ao longo do tempo de seus investimentos serão extremamente prejudicados.

Vale dizer, que a estratégia de diversificação vale para todos os tipos de investidores, desde os mais arrojados, que concentram investimentos em renda variável, mas também para aqueles mais conservadores. Nesse sentido, como todo investimento possui riscos, é preciso sempre buscar a diversificação como estratégia de não perder dinheiro. Isso porque o risco pode estar no governo, em empresas, em setores ou em diferentes classes de ativos. Portanto, a diversificação se impõe como a melhor estratégia de reduzir esses riscos atrelados aos diferentes tipos de investimentos. Ao utilizá-la na medida certa, será possível reduzir as chances de perda e aumentar as possibilidades de ganhos.

Com o fim das altas taxas de renda fixa no Brasil, o investidor já começou a entender que a chave para obter rendimentos melhores está na diversificação, que pode ser feita em vários níveis. Um deles é o geográfico: alocando parte da carteira em ativos no exterior.

Investir em ativos no exterior é uma estratégia de diversificação que pode reduzir o risco do investidor. Isso porque esses ativos, ao não estarem correlacionados com o Brasil, não sofrem os efeitos de crises causadas por fatores domésticos.

O PIB brasileiro é 3% do PIB mundial. Se você considera apenas esses 3% para alocar seus investimentos, está ignorando os outros 97% por falta de conhecimento ou de produto.

Essa é a principal vantagem de investir no exterior. Alguns fatores que provocam volatilidade no nosso mercado financeiro são globais, como a pandemia do coronavírus; já outros são locais, porque derivam de questões internas, como a instabilidade política ou algum evento surpresa. Ao alocar capital no exterior, essa parte do portfólio deixa de sofrer os abalos vindos do próprio Brasil. Vale lembrar da importância de diversificar estilos de gestão, ou seja, alocar em gestores passivos e ativos.

Outra alternativa de investimento que também oferece ao investidor um meio de diversificação são os Fundos Multimercado. Eles podem investir em ativos de diferentes mercados no Brasil e exterior, como renda fixa, moedas, ações e podem utilizar derivativos tanto para alavancagem quanto para proteção da carteira. Os Fundos Multimercado (segmento estruturado), têm maior liberdade de gestão e em geral buscam rendimento mais elevado.

Assim como é necessário pensar na diversificação de modo global, também é possível encontrar meios de diversificar os investimentos no mercado nacional. Fundos de Crédito Estruturado e Fundos Imobiliários também são ótimas alternativas para quem busca investir de forma mais abrangente e aproveitar as oportunidades que o mercado oferece. Mesmo sendo produtos com riscos específicos, investir nestes mercados exige maior cautela na seleção, clareza nas informações, detalhamento do tipo de crédito e riscos atrelados aos ativos presentes nas carteiras. Cabe ao gestor dos ativos demonstrar transparência tanto na seleção dos melhores ativos para compor o produto, quanto no método de avaliação e mapeamento dos riscos.

Nos deparamos com diversas classes de ativos disponíveis no mercado e cada vez mais a seleção do gestor é importante. A avaliação de histórico dos profissionais envolvidos na gestão, formação, perfil da equipe, gestão de risco e Compliance se faz necessária para buscar maior segurança no investimento e parcerias de longo prazo. Uma gestão transparente, levando em consideração além da rentabilidade, outros temas importantes como: investimento em tecnologia, equipe, ESG, Risco, Compliance, elevarão a avaliação do produto, da gestora e da sua equipe.

Como distribuidores de fundos de investimento, acreditamos que a diversificação é fundamental, por isso buscamos excelentes gestores parceiros, nas diferentes classes de ativos, que apresentem consistência de retorno no longo prazo, transparência na gestão e que tenham um robusto processo de investimento aliado às melhores ferramentas de tecnologia para melhoria do seu processo de tomada de decisão. Estar atento aos riscos existentes no mercado e buscar sempre a preservação do capital são características marcantes dos nossos parceiros. Aliado a todas essas qualidades, é muito desejável que o gestor tenha clareza nas informações, faça abertura de suas posições e tenha disponibilidade para conversas com os investidores. Este é o acordo que temos com nossas gestoras parceiras, a Navi, a Geo Capital e a MZK Investimentos.

*Sócio Diretor Comercial na Método Investimentos

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