Artigo: Um guia para diversificação internacional – Por Isabella Nunes*, da J.P. Morgan Asset Management

Isabella Nunes, JP Morgan

Leia a seguir a entrevista com Isabella Nunes, responsável pelo relacionamento com investidores no Brasil da J.P. Morgan Asset Management, que é a área de gestão de recursos de terceiros do banco J.P. Morgan. Com mais de US$ 2,5 trilhões em ativos sob gestão, no Brasil a asset conecta investidores às principais estratégias internacionais, com foco em diversificação global.

Por que a diversificação internacional é importante para clientes institucionais no Brasil?

Atualmente, os fundos de pensão no Brasil enfrentam um grande desafio para superar suas metas atuariais. Dessa forma, diversas fundações estão alterando suas políticas de investimento com foco em adicionar novas fontes de retorno aos portfólios.

Nesse cenário, o investimento no exterior ganha cada vez mais relevância, uma vez que é uma ótima forma de potencializar resultados e, ao mesmo tempo, diminuir o risco das carteiras, dada a baixa correlação com ativos locais.

Outro grande benefício da alocação em ativos internacionais é a exposição a setores e regiões com grandes tendências estruturais de crescimento, como, por exemplo, o setor de tecnologia que está causando uma disrupção no mercado como um todo; e healthcare que tende a se beneficiar do envelhecimento da população global.

Como implementar a diversificação internacional?

Nossa principal convicção é de que o asset allocation, ou seja, a alocação em diferentes segmentos de investimentos, dentre eles renda fixa, renda variável, multimercados, alternativos e ETFs é o principal vetor na geração de retornos no longo prazo.
Entendemos que realizar o asset allocation para a parcela global não é tarefa fácil para os investidores brasileiros. Dessa maneira, acreditamos que encarregar gestores especializados dessa função é uma prática que ganhou força nos últimos meses e deve continuar.

Uma forma de colocar isso em prática é selecionar estratégias globais flexíveis e dinâmicas, que permitem ao gestor de investimentos navegar por diferentes situações de mercado, avaliando oportunidades para cada alocação, seja em renda fixa, renda variável ou quaisquer ativos selecionados para a busca de alpha.

A decisão de como implementar a alocação internacional tornou-se cada vez mais frequente. Algumas fundações, que estão iniciando o processo de diversificação no exterior, têm avaliado a opção de constituir um veículo exclusivo para as movimentações iniciais. No passado, essa estratégia fazia sentido, pois a oferta de produtos locais ainda era incipiente.
Com a evolução do mercado nos últimos anos e aumento consistente na oferta de produtos no Brasil, acreditamos que dificilmente uma estratégia exclusiva irá oferecer exposições muito diferentes das já existentes. No nosso ponto de vista, a alocação em produtos já abertos, oferecem diversas vantagens que precisam ser consideradas durante o processo de implementação:

Custos: um veículo aberto tem seu custo diluído entre vários cotistas

Transparência: as informações relevantes são divulgadas publicamente

Gestão única e sem geração de conflito entre diferentes clientes

Agilidade e rapidez na alocação: após vencidas as etapas para escolha da melhor estratégia/gestor, o aporte em um produto aberto pode ser feito imediatamente.

Fundos aderentes à resolução 4.661: os regulamentos dos fundos abertos já consideram todas as questões impostas pela legislação vigente. Ao longo dos nossos mais de 150 anos de experiência na gestão de recurso de terceiros, entendemos que a melhor estratégia para complementar os investimentos de um fundo de pensão é uma carteira balanceada entre diversas classes de ativos. Como responsabilidade fiduciária de clientes de planos de previdência, nosso objetivo é oferecer o mais alto nível de padrões de governança.

Poderia dar algum exemplo de estratégia oferecida para os investidores institucionais no Brasil?

Pensando nesse desafio, nós trouxemos para o Brasil a estratégia J.P. Morgan Global Balanced. Este fundo aplica a maior parte de seus recursos no JPM Global Balanced Fund, domiciliado em Luxemburgo. Por meio de uma gestão ativa e flexível, o fundo global seleciona uma gama completa de ativos em renda variável, renda fixa e moedas buscando exposição a oportunidades atraentes frente às constantes mudanças no mercado. O fundo se beneficia da pesquisa proprietária do nosso time de Multi-Asset Solutions e os gestores utilizam o que há de melhor na plataforma global de investimentos de nossa asset. A alocação de ativos é baseada em nossa visão top-down, com exposição à renda variável e renda fixa, ativamente gerida por nossa equipe de profissionais de investimento. A seleção de ações é conduzida por abordagem bottom-up feita por nossos especialistas regionais.

 

*Isabella Nunes é responsável pelo relacionamento com os investidores em todos os segmentos no Brasil, incluindo private bank, familly office, plataformas de investimentos, clientes institucionais e corporativos. Anteriormente, foi responsável pela área de clientes do Pátria Investimentos, Goldman Sachs Asset Management e AllianceBernstein.

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