Foi realizada na quarta-feira, 7 de junho, na Câmara dos Deputados, audiência pública para debater a taxonomia verde de atividades econômicas, projetos de infraestrutura e tecnologias para fins de destinação de incentivos econômico, fiscais e creditícios.
Dentre os presentes na extensa lista de expositores, a Coordenadora do Comitê Técnico de Sustentabilidade da Abrapp e da área de responsabilidade socioambiental da Fundação Real Grandeza, Raquel Castelpoggi, representou a Associação no debate e parabenizou a Casa pela Virada Parlamentar Sustentável e ao Deputado Zé Silva, autor do Projeto de Lei 2838/2022, que estabelece normas e diretrizes para o desenvolvimento e aplicação da taxonomia ambiental e social.
Ela ressaltou que a proposta de taxonomia não é binária, e sim abrange todo aspecto social que é grande atenção e preocupação para a Abrapp, além de ser um dos temas atuais do Planejamento Estratégico da Associação.
“O aspecto social do ASG se tornou muito relevante no mundo todo durante a pandemia, especialmente no Brasil onde, devido a falta de infraestrutura, abastecimento, saneamento, entre outros pontos, parte da população não tinha acesso aos cuidados de prevenção básicos como lavar as mãos, tomar banho, e lavar as roupas”, disse.
Ela reforçou a preocupação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) com o dever fiduciário para cumprir com seu maior propósito de proteção social de seus participantes, o que se reflete diretamente em saber investir de maneira responsável.
Raquel falou ainda sobre a preocupação e envolvimento da Abrapp com o tema sustentabilidade “Desde 2004, a Abrapp e o Instituto Ethos criaram os Princípios Responsabilidade Socioambiental. Somos apoiadores do PRI, CDP desde sua chegada no Brasil e incentivamos as associadas a serem signatárias”.
Citou ainda a Política de Sustentabilidade voltada aos Princípios ASG e apoio o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas A Abrapp faz ainda parte do LAB, do Conselho do CDP, do Comitê Intersetorial de Sustentabilidade.
Entre outras iniciativas da Abrapp citadas por Raquel está a publicação de guias de manuais para que as entidades trabalhem investimentos rentáveis, porém sustentáveis, e a própria atuação do Comitê Técnico de Sustentabilidade.
Ela comentou ainda que o Relatório de Sustentabilidade, lançado pela Abrapp em 2021, deixou clara a necessidade da taxonomia e de uma legislação para ajudar no aprofundamento das análises de riscos dos critérios de investimentos das entidades, trazendo segurança ao setor.
“O grande destaque da audiência pública foi o consenso de todos os envolvidos sobre a importância do PL e da criação de uma taxonomia nacional”, disse Raquel ao Blog Abrapp em Foco.
Também representando o sistema, esteve presente Fernando Duarte Folle, Coordenador-Geral de Orientação de Investimentos da Previc, que apresentou dados e explicou como funciona a estatura da previdência complementar fechada.
Ele demonstrou a importância da temática para a autarquia e os números do sistema, reforçando a importância dos investidores institucionais para a agenda ASG e a relevância da taxonomia nesse sentido.
Saiba mais sobre o debate: https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/68416
