A Comissão Técnica Sudeste de Planos Previdenciários preparou uma apresentação sobre experiências com a criação e gestão de planos família de quatro entidades. O levantamento foi realizado por um Grupo de Trabalho formado por representantes do Serpros, Previ, Valia e Fapes. Desde sua criação em fevereiro deste ano, o GT vem se reunindo para intercambiar informações e avaliações das quatro entidades e agora prepara uma apresentação em webinar que será realizado pela Abrapp no próximo dia 14 de agosto.
O Grupo de Trabalho promoveu apresentações para os membros da Comissão Técnica e agora terminou de reunir todo o material para o webinar que terá como tema “Estratégias e Criação de Valor para Plano Instituído” (as inscrições serão abertas em breve). Os quatro planos família são os seguintes: Previ Família (Previ), Ser + (Serpros), Prevaler (Valia) e Fapes Família (Fapes). Juntos, todos os planos reuniam patrimônio de R$ 475,1 milhões em fevereiro de 2024.
O estudo traz informações sobre as diversas motivações que incentivaram a criação dos planos família, entre elas, a viabilização da sustentabilidade das entidades no longo prazo, a ampliação da proteção previdenciária; o aumento da quantidade de participantes e do patrimônio; acesso a planos flexíveis mais adaptados ao novo mercado de trabalho; criação de alternativa para obter receita administrativa; e aumento do vínculo dos participantes e seus familiares à entidade.
“Percebemos que as motivações para a criação dos planos foram bastante diversificadas, bem como, as modalidades e tipos de planos oferecidos. Mas um ponto em comum entre as entidades é a necessidade de superação de desafios na comercialização e distribuição dos planos. Para avançar neste ponto, concluímos que temos de nos reinventar”, diz Tatiana Tavares, membro da Comissão Técnica Sudeste de Planos Previdenciários e Coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Planos Família. A CT Sudeste de Planos tem como Coordenador Raphael Barcelos de Faria (Braslight).
O trabalho realizado pelo GT levantou informações e experiências os diferenciais de mercado que as entidades são capazes de oferecer para seus participantes, como menores taxas de administração que o segmento aberto; experiência na gestão de planos e pagamento de benefícios; pertencimento dos participantes e relação de confiança com a entidade; acesso dos participantes à alta governança das entidades; transparência; entre outros.
A apresentação aborda também os diversos públicos-alvo definidos pelas entidades, as pesquisas de interesse e viabilidade, os planos de negócios, criação do nome e da marca, regulamento e convênio de adesão, cotação de benefícios de risco com seguradoras, perfis de investimentos, sistema, marketing, CRM, lições aprendidas, entre outros aspectos informados pelas quatro entidades.
Tatiana Tavares explica que o levantamento analisa os estudos de viabilidade, as frustrações e as lições aprendidas de cada entidade. “Tivemos novas descobertas não pensadas no início. Por exemplo, verificamos que os planos família podem se tornar importantes ferramentas para retenção de participantes e reservas”, diz a Coordenadora do GT. Isso porque o plano família se constitui em uma opção para portabilidade de reservas para os próprios participantes dos planos mais antigos.
Serpros – Como Gerente de Atuária e de Desenvolvimento de Novos Produtos do Serpros, Tatiana Tavares também apresentou a experiência de sua entidade para os membros da CT Sudeste de Planos. O plano Ser + completou 1 ano em março de 2024 com patrimônio de R$ 17 milhões. “Acreditamos que o plano família do Serpros está confirmando seu estudo de viabilidade e superando as expectativas na questão de retenção dos recursos. Ao invés de resgatar as reservas, muitos participantes optam pela portabilidade para o plano Ser +”, explica a Gerente.
Ela revela que a avaliação da evolução do plano em seu primeiro ano de existência é bastante positiva e, por isso, a entidade já avalia sua expansão. No momento, são estudadas possibilidades de adesão de novos instituidores. O objetivo é ampliar o fomento e a sustentabilidade do PGA (Plano de Gestão Administrativa) do Serpros no longo prazo.
