Comissões Técnicas de Contabilidade da Abrapp elaboram materiais de orientação sobre aplicação de indicadores do PGA

Maria Elizabete da Silva

As Comissões Técnicas de Contabilidade da Abrapp estão preparando materiais de orientação sobre o uso de indicadores para o Plano de Gestão Administrativa (PGA) de acordo às novas regras da Resolução CNPC nº 62/2024. A CT Nordeste de Contabilidade está finalizando o “Manual de Indicadores de Resultados Aplicados nas EFPC com foco no PGA”, que deve ser publicado em breve e apresentado no 46º Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP). 

“O trabalho da CT Nordeste já passou pelo colégio de coordenadores e já se encontra na fase de revisão final. É um trabalho muito útil e completo”, diz Geraldo de Assis Souza Jr, Secretário Executivo do Colégio de Coordenadores das CTs de Contabilidade da Abrapp. 

Ele explica que há outras iniciativas com o mesmo tema nas demais comissões, mas que ainda não foram analisadas no colégio de coordenadores. Um exemplo é o guia de indicadores preparado por Júlio Pasqualeto, membro da CT Sul de Contabilidade da Abrapp. “São trabalhos muito válidos que podem inclusive serem complementares”, comenta Geraldo de Assis. 

O manual da CT Nordeste de Contabilidade foi elaborado por Maria Elizabete da Silva (foto no topo), que é coordenadora da comissão e Gerente da Fachesf, com a participação de Enecila Moraes e Cinara Bandeira, ambas da PrevNordeste. “Resolvemos realizar um trabalho para a orientação em relação aos indicadores do PGA. Percebemos a necessidade de pegar na mão das entidades com o objetivo de simplificar o uso dos indicadores”, explica Elizabete. 

O trabalho teve o escopo no primeiro momento de orientar a utilização dos indicadores do PGA. Em um segundo momento mais adiante, o trabalho deve ser ampliado para a utilização de outros indicadores gerenciais. A CT Nordeste já tinha iniciado a elaboração do manual com base nas regras anteriores da Resolução CNPC nº 48/2021, mas em decorrência da aprovação da nova resolução, decidiu esperar pelas novas regras. Aprovada no final de 2024, a Resolução CNPC nº 62 amplia o número de indicadores para o PGA, além de agregar a necessidade de critérios qualitativos. 

Além disso, a nova resolução trouxe regras para a criação de um fundo compartilhado, que exige maior controle, explica Elizabete. Em caso de constituição do fundo compartilhado, é necessário apresentar um orçamento plurianual para no mínimo três exercícios futuros. 

A coordenadora da CT Nordeste destaca a utilização dos indicadores para superar o desafio de rentabilizar os recursos do PGA. “É preciso cuidar da gestão dos indicadores para não deixar que a taxa de administração seja aumentada. Hoje vivemos em um ambiente de maior competição. A má gestão pode gerar aumento das taxas de administração para os planos”, aponta Elizabete.

O trabalho foi enviado para o Colégio de Coordenadores da CTs, que deu retorno com sugestões até o último dia 11 de julho. A previsão é a finalização do material antes do final de julho para a publicação de e-book. O trabalho deve ser comentado no próximo webinar da Abrapp sobre a Resolução CNPC nº 62/204, programado para o dia 31 de julho – leia mais

CT Sul de Contabilidade – Outro trabalho com o mesmo tema está sendo analisado na CT Sul de Contabilidade da Abrapp. Trata-se de uma guia para a aplicação dos indicadores do PGA que deve ser apresentado pelo autor, Júlio Pasqualeto (foto ao lado), na próxima reunião da comissão em agosto. Ele explica que a Resolução CNPC nº 62/2024 praticamente duplicou o número de indicadores exigidos para o PGA em relação à regulação anterior. Por isso, há ainda muitas dúvidas por parte das entidades fechadas sobre como proceder sua aplicação. 

“A nova resolução é mais complicada que a anterior. Nós temos que estudar e levar de uma forma mais clara para o gestor entender tudo isso. É difícil, porque nós, técnicos e contadores, que somos a base para fazer esses cálculos, devemos encontrar formas mais simples para explicar tudo isso”, comenta Pasqualeto. Ele explica que os novos indicadores devem ser aplicados para o exercício de 2026, mas que antes do final deste ano, as entidades já deverão prever a política para sua utilização.

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