A Previ conquistou o direito de indicar um membro para o Conselho Global da organização “Princípios para o Investimento Responsável” – mais conhecida pela sigla PRI, do inglês Principles for Responsible Investment. O representante eleito pelo órgão é o Diretor de Investimentos da entidade Denísio Liberato, que assumirá a posição a partir de janeiro de 2023.
Para Denísio, fazer parte do Conselho do PRI será uma oportunidade para a Previ se conectar com a discussão da agenda ASG no espectro global e também de retomar seu protagonismo na implementação dos Princípios, especialmente na América Latina. “Quando o tema são os critérios Ambientais, Sociais e de Governança, a Previ exerce uma natural influência local. Acredito que com a presença no Conselho do PRI, essa influência se tornará mais forte e poderemos contribuir ainda mais em prol do Investimento Responsável”, disse.
Como uma iniciativa global, também é fundamental que o Conselho do PRI entenda os desafios do Investimento Responsável em diferentes partes do mundo. “Durante um bom período, a América Latina não esteve representada no Conselho do PRI. Espero levar para o board do PRI uma perspectiva atual sobre os debates existentes na América Latina, aprender com as experiências dos meus colegas de Conselho e ajudar no desenvolvimento e implementação das estratégias do PRI na região”, comenta o Diretor de Investimentos da Previ.
Um exemplo recente da atividade da Previ quanto o tema é Investimento Responsável foi o trabalho de Engajamento de Políticas de Integridade nos Negócios, realizado junto com outros 35 signatários do PRI, tanto brasileiros quanto internacionais. A Previ liderou o processo, que tinha entre seus objetivos conhecer as melhores práticas e engajar empresas do mercado brasileiro em políticas que poderão contribuir para uma avaliação mais fundamentada dos riscos relacionados às questões de integridade. O trabalho foi um dos finalistas da edição 2022 do PRI Awards, premiação anual concedida pelo PRI a iniciativas ligadas ao investimento responsável, e está disponível, na íntegra, aqui no site.
Investimento Responsável e questões ASG são temas abordados pela Previ há vários anos, que vão muito além de um modismo corporativo. São boas práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança que proporcionam mais sustentabilidade aos negócios, geram valor para acionistas, investidores e toda a sociedade, além de melhorar também o retorno dos investimentos e dão longevidade às empresas. Por isso mesmo, a Previ incorporou a análise desses aspectos à tomada de decisões sobre seus investimentos.
Daniel Stieler, Diretor-Presidente da Previ, explica a importância desse trabalho para investidores institucionais que adotam uma estratégia de longo prazo: “Nosso propósito é cuidar do futuro das pessoas. Vamos pagar benefícios por muitas décadas ainda. Estaremos presentes no futuro e, por isso, não podemos olhar apenas a rentabilidade de uma empresa hoje. Sabemos que estando no Conselho do PRI poderemos tratar desses temas com mais efetividade, participando de debates sobre mudanças de normas de mercado em nível global”, diz Daniel.
Histórico – A Previ é uma das fundadoras da iniciativa que surgiu em 2005. Na época, a entidade foi convidada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer parte de um seleto grupo de investidores institucionais cujo objetivo era debater e definir uma série de Princípios para o Investimento Responsável. Com a conclusão desse trabalho, o lançamento do PRI ocorreu no ano seguinte, na Bolsa de Nova York, e a Previ se tornou a primeira signatária da América Latina.
Desde então, a Previ vem trabalhando conjuntamente com os demais signatários para o desenvolvimento e implementação dos Princípios, aproveitando a posição estratégica que os investidores institucionais possuem para influenciar boas práticas ambientais, sociais e de governança nas empresas e no mercado.
Se em 2006 a iniciativa contava com menos de 100 investidores que administravam conjuntamente ao redor de US$ 4 trilhões, o PRI encerrará 2022 com mais de 5.500 signatários e US$ 130 trilhões em ativos sob gestão. Tal montante confere à iniciativa elevado poder de influenciar as tentativas de fazer o capitalismo funcionar melhor e lidar com a grave ameaça representada pelas mudanças climáticas.
