Copedem 2025: Diretor-Presidente da Abrapp abordou os efeitos da inteligência artificial na Previdência

Com o tema “Previdência Social e Complementar na Era da Inteligência Artificial, o Diretor-Presidente da Abrapp, Devanir Silva, participou como palestrante no Congresso 2025 do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais de Magistratura (Copedem) no Rio de Janeiro. A apresentação foi realizada no último sábado (12/04) no terceiro e último dia deste evento que reuniu juízes, desembargadores e Ministros dos tribunais superiores.

Com o tema “Construindo o futuro com tecnologias inteligentes: perspectivas contemporâneas no desenvolvimento do sistema judicial, do direito e dos negócios”, a programação do Congresso do Copedem deste ano percorreu temas como IA generativa, segurança jurídica, inclusão digital, cibersegurança, saúde digital, mediação e arbitragem, agronegócio, previdência e governança de dados.

“Fiz uma apresentação sobre a nova Previdência Complementar como um pilar fundamental da proteção social no Brasil. Abordei também os efeitos da inteligência artificial sobre a sociedade. Existe uma camada da população que terá de se requalificar para que não fique fora do mercado de trabalho”, disse Devanir Silva. O evento contou com a presença de outros representantes e dirigentes do sistema como Luís Ricardo Martins, Vice-Presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp; Leandro Guarda, Procurador-Chefe da Previc; Fábio Lucas de Albuquerque Lima, Sub-Procurador do INSS; Eduardo Lamers, Superintendente Geral da Abrapp; e Amarildo Vieira de Oliveira, membro do CD da Abrapp; e Jorge Nehme, Consultor Jurídico da Previ.

O Diretor-Presidente da Abrapp destacou o compromisso do setor com a governança, que hoje é considerado como um exemplo internacional com padrão elevado e robusto, com pagamento em dia de mais de R$ 104 bilhões anuais em benefícios. Ele apresentou os números da UniAbrapp, com a capacitação de mais de 40 mil alunos, e do ICSS, com a certificação de profissionais e dirigentes. Esclareceu também a questão dos déficits e superávits que são normais pois se tratam de investidores de longo prazo.

Em um mercado de trabalho marcado pela informalidade e pela pejotização, Devanir defendeu que é preciso reformular a estrutura previcenciária do país. Ele apresentou a proposta defendida pela Abrapp, com um modelo híbrido que possa conjugar o sistema de repartição para uma camada com renda mais baixa com o sistema de capitalização, com uma transição e uma linha de corte para os jovens que irão ingressar no mercado. E falou ainda sobre a proposta de micro pensões. 

“Os números são alarmantes: praticamente 1,5 milhões de trabalhadores de aplicativos, entre motoristas e entregadores, se somados com os trabalhadores do mercado digital, somam 2,1 milhões, dos quais 70% não têm qualquer tipo de proteção social e nem tampouco da cobertura da Previdência Complementar”, comentou. 

Devanir abordou ainda o caráter social da Previdência Complementar que compõem a estrutura do estado do bem estar social. “Estamos na ordem social. Nosso objetivo fundamental é pagar benefícios. Não temos objetivo de lucro, não temos atividade empresarial, não temos atividade financeira. Os donos são os trabalhadores”, afirmou. Ele complementa que o evento teve um alto nível do público, com presença de desembargadores, juízes e Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).     

Shares
Share This
Rolar para cima