Diretor-Presidente da Abrapp realizou apresentação no Insper

O Diretor-Presidente da Abrapp, Jarbas Antonio de Biagi, realizou uma apresentação no curso de Private Equity e Venture Capital do programa executivo do Insper, nesta terça-feira, 23 de maio, em São Paulo. Ele participou do painel de investidores institucionais no curso, a convite de Arlete Nese, professora da instituição e especialista da UniAbrapp.

Contando também com a apresentação de Flávio Clemente, Diretor do Singular Family Office Heuris, o painel teve o objetivo de compartilhar conhecimentos sobre o propósito das organizações, a governança de investimentos, as motivações para investimentos em ativos ilíquidos, de como os dirigentes avaliam as questões ESG e as perspectivas do segmento no país.

Durante a apresentação, Jarbas de Biagi explicou que a análise de investimentos em FIPs (Fundos de Investimentos em Participações), deve considerar três aspectos: a qualidade do gestor, a tese de investimento e o cenário econômico.

Sobre o gestor, ele destacou a importância da experiência do time de gestão na realização do ciclo completo (investimento e desinvestimento). “O time precisa estar junto a um tempo e ter realizado o ciclo completo de investimentos”, ressalta. Falou também da análise do histórico de retorno dos FIPs.

Outra condição essencial é o comprometimento de capital. “Hoje, o investidor Institucional estrangeiro não conversa com gestor que não tenha esse alinhamento de interesse. Muitos deles fazem a seguinte conta: comparam o valor presente da taxa de gestão que o gestor vai receber com o tamanho do cheque que vai colocar no fundo. Na verdade, isso mede o tamanho do alinhamento do gestor com os investidores”, explica.

Com relação à tese de investimentos, Jarbas de Biagi comentou que o investidor deve olhar aspectos como fundos uniestrategia ou multiestrategia (vários setores da economia); fundos com investimentos performados (compra de uma empresa já estabelecida) ou com investimentos a performar (investimentos Greenfield); e fundos com um ou vários ativos.

Sobre a parte de cenários, o Diretor-Presidente destacou que o “final glorioso” de um FIP é quando ocorre o IPO das empresas do fundo ou quando as empresas já maduras são vendidas para um investidor estratégico. “Mas para isso ocorrer precisam existir as janelas de desinvestimento. Isso só acontece quando temos um cenário econômico favorável. Por exemplo, hoje existem FIPs com empresas excelentes, mas com uma Selic a 14% ao ano não dá para o FIP vender as suas empresas”, finalizou o dirigente.

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