Entidades aprimoram processos seletivos de diretores conforme orientação da Resolução CNPC n. 35/2019

Seguindo tendência de aperfeiçoamento da governança corporativa e a crescente qualificação técnica de seus quadros, as entidades fechadas (EFPC) estão aprimorando os processos de seleção de dirigentes. A busca de maior qualificação técnica para os membros da diretoria executiva estão em conformidade com as normas mais recentes do setor, em especial com a Resolução CNPC n. 35/2019, que entrou em vigência dois anos após sua publicação, ou seja, em 2021. São exemplos positivos dessa tendência, os casos da Fundação Família Previdência e da Fusan, entre muitas outras entidades. 

Rodrigo Sisnandes (foto abaixo), Diretor-Presidente da Fundação Família Previdência, explica que a recente regulamentação do CNPC exige que o Conselho Deliberativo deve definir regras para a realização de processo seletivo para os diretores das EFPC regidas pela Lei 108/2001. “As novas regras são positivas, pois buscam maior qualificação dos gestores através da realização de processo seletivo, que devem contar também com maior divulgação e transparência. Tudo isso, deve ocorrer sob supervisão do Conselho Deliberativo”, diz.

Rodrigo SisnandesO conselho da entidade já havia definido novas regras para o processo seletivo a partir de 2020, mas a primeira vez que foram utilizadas, ocorreu no ano passado. Um dos requisitos definidos pelo órgão foi a contratação de uma consultoria externa do tipo head hunter. A empresa escolhida foi a Kolme.  

“Mudamos nosso estatuto e incluímos um capítulo inteiro com os critérios do processo seletivo, prevendo a contratação de instituição independente com experiência reconhecida”, comenta Rodrigo. Ele esclarece que a resolução do CNPC não exige a contratação de empresa externa, apenas indica que o conselho deve definir regras para o processo seletivo. Mesmo assim, a entidade decidiu ir mais além do que exige a norma para o estabelecimento de um processo robusto de seleção dos diretores. 

As mudanças no estatuto incluíram também a redução do número de diretores, de quatro para três, e a redução do número de suplentes para os Conselhos Deliberativo e Fiscal. No total, foram eliminados sete postos – um diretor e seis suplentes. A redução teve o objetivo de promover o corte de custos com aumento da eficiência.

Realizado em meados do ano passado, o processo da Fundação Família Previdência previa a seleção de no máximo três candidatos para cada uma das vagas da diretoria executiva. Para a Diretoria de Previdência, foi selecionado apenas um candidato, Marcelo Jacques Paludo, que foi considerado apto pela consultoria. Para a Presidência e Diretoria Financeira foram escolhidos três candidatos, que foram submetidos ao conselho. Foram escolhidos Bernardo Baggio, como Diretor Financeiro, e Rodrigo Sisnandes, que foi reconduzido como Diretor-Presidente. Ele destaca o caráter mais técnico e a experiência comprovada dos novos diretores. 

Fusan – Outra entidade que promoveu processo seletivo de acordo às novas regras da Resolução CNPC n. 35/2019, incluindo também a participação de consultoria externa, foi a Fusan. Em fevereiro de 2022 o processo foi instaurado pelo Presidente do Conselho Deliberativo, Rafael Stec Toledo, que designou uma comissão para acompanhar e dar suporte às etapas do processo. Como o objetivo de promover a independência e fortalecer os critérios de escolha dos diretores, foi contratada a EXEC – Executive Search, empresa referência no mercado de seleção e contratação de executivos, que auxiliou na elaboração do edital e na análise da elegibilidade dos candidatos, conforme as exigências legais e estatutárias, bem como realizou as entrevistas com os candidatos habilitados.

Como etapa final do processo, a Diretoria da Sanepar, em conjunto com a consultoria, realizou mais uma entrevista com cada candidato e com base em critérios técnicos e de competência, e acabou selecionando como Diretora-Presidente, Cláudia Trindade; Diretor Administrativo-Financeiro, Dirceu Wichnieski e; Diretor de Seguridade e de Operações, Marcos César Todeschi, para o cumprimento de mandato de 4 anos (até 2026). A posse dos diretores ocorreu no último dia 20 de maio. 

Claudia TrindadeA Diretora-Presidente destaca o avanço na governança corporativa da entidade como um todo. “Fizemos a alteração de nosso estatuto em janeiro de 2022 e promovemos o processo seletivo com a participação de uma empresa especializada”, lembra Cláudia (foto ao lado). No total, participaram 12 candidatos em todo o processo, sendo escolhidos três deles ao final. Ela explica que a seleção observou também as exigências de certificação e capacitação em conformidade com a Resolução CNPC n. 39/2021.

Além dos avanços na seleção de dirigentes, Cláudia Trindade ressalta o processo de obtenção dos Selos de Autorregulação do sistema Abrapp, Sindapp, UniAbrapp e ICSS, como outro ponto importante para o aprimoramento da governança da Fusan. “Um dos marcos de nossa governança é a conquista dos Selos de Autorregulação”, comenta. O Selo de Governança de Investimentos foi obtido há cerca de 3 anos. E recentemente foi alcançado o Selo de Governança Corporativa. 

 

Shares
Share This
Rolar para cima