A Abrapp e a Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi) realizaram reunião nesta sexta-feira, 12 de fevereiro, entre suas diretorias e representantes dos corpos técnicos das entidades. Durante o encontro, a Fenaprevi apresentou um projeto realizado em parceria com o Laboratório de Matemática Aplicada (LabMA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Pela Abrapp, participaram do encontro o Diretor Presidente, Luís Ricardo Martins, o Diretor Vice Presidente Luiz Brasizza (que também é Diretor Presidente da UniAbrapp), o Superintendente Geral, Devanir Silva, a Secretária Executiva da Comissão Técnica de Planos Previdenciários, Elayne Cachen. Pela Fenaprevi, estavam presentes o Diretor Executivo, Carlos de Paula, a Superintendente, Beatriz Herranz e o Coordenador do Grupo de Tábuas Biométricas, Nelson Emiliano Costa, além de outros profissionais. A reunião contou ainda com a participação do Coordenador do LabMA, Mário de Oliveira e de outros quatro professores que atuam no projeto da UFRJ.
“Foi uma reunião muito produtiva em que pudemos estreitar os vínculos com a Fenaprevi. Dentro do acordo de cooperação técnica que firmamos no ano passado, o tema da produção de tábuas biométricas mais adequadas à realidade do mercado de Previdência é de grande interesse da Abrapp e de nossas associadas”, diz Luís Ricardo. As duas associações assinaram uma parceria de cooperação em julho de 2020 e, desde então, têm realizado encontros para debater os avanços em ações conjuntas e em temas de interesse comum como o mercado de anuidades, a Lei de Proteção ao Poupador Previdenciário (leia mais), entre outros.
O Diretor Presidente da Abrapp contextualizou o assunto com o aumento da longevidade da população. “Precisamos avançar continuamente com a produção de tábuas mais adaptadas à população das entidades fechadas”, comenta. O assunto será levado ao debate para a Diretoria da associação para definir as maneiras de participação das associadas com o envio de informações com o consequente acesso aos resultados.
Parceria com a UFRJ – A Fenaprevi desenvolve o projeto de elaboração de tábuas de mortalidade e sobrevivência junto com a UFRJ há cerca de 15 anos. Já foram elaboradas tábuas nos anos de 2010, 2015 e agora estão sendo finalizadas as de 2020. “É um projeto que conta com a participação voluntária das seguradoras que podem fornecer os dados de sua população para o LabMA. Aquelas que enviam os dados, também têm acesso aos resultados consolidados das tábuas”, diz Nelson Emiliano, que além de membro da Fenaprevi, também é Diretor Técnico da MAG Fundo de Pensão.
Denominado BR/EMS – Experiência do Mercado Segurador, o projeto da Fenaprevi tem agora a proposta de elaborar a primeira tábua de cobertura de invalidez do mercado brasileiro. Nelson Emiliano acredita que a participação das entidades fechadas (EFPC) no projeto será capaz de conferir maior robustez à elaboração das tábuas, sobretudo, no que diz respeito à população mais idosa. Ele explica que, em caso de adesão de uma EFPC, ela terá acesso à tábua consolidada do setor e também a uma análise de seus próprios dados, através do aplicativo “web tábuas”, que foi desenvolvido pelo LabMA.