Fundo utiliza critérios ESG e reverte taxa para projeto social na Amazônia

Realizada no final do primeiro dia do 41º Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP), a Palestra Técnica 5 “Investimentos ESG na Prática” apresentou o “case” da Sulamérica Investimentos na adoção de critérios ambientais, sociais e de governança em seus produtos e análises. Um de seus fundos de renda variável foi apresentado como “caso prático” de seleção de empresas a partir da utilização de índices de sustentabilidade da B3 e principais Bolsas globais. Esse fundo tem a característica de reverter sua taxa de administração para um projeto social realizado com crianças na Amazônia Legal. 

Marcelo Mello, Vice Presidente de Investimentos, Vida e Previdência da Sulamérica, explicou que a asset utiliza critérios ESG desde 2009. No início, havia apenas a utilização de uma tela negativa que tinha o objetivo de apontar as empresas que deveriam ser excluídas da análise. Ao longo do tempo, percebeu-se que não se estava premiando as empresas com boas práticas ambientais, sociais e de governança.

“Começamos valorizando o ‘G’ de governança e depois o ‘S’ de social, que foi ganhando importância ao longo do tempo, com a valorização do relacionamento das empresas com todos os stakeholders”, comentou. No momento atual de pandemia, o “S” foi ainda mais ressaltado, constituindo-se como um grande teste prático para as empresas. E junto com tudo isso, o ambiental finalmente chegou com força no Brasil.

“Hoje o ESG não é um luxo para levar para a análise de portfólios. É uma prática necessária para a mitigação de riscos”, disse Mello. Ele aponta que o maior desafio da assets é não se manter com uma análise superficial nas questões ESG.

Juan Morales, Superintendente de Renda Variável da Sulamérica Investimentos, lembrou que a gestora foi uma das primeiras signatárias do PRI – Principles of Responsible Investment – no Brasil. 

Ele apresentou o produto da asset que utiliza índices ESG das Bolsas na seleção dos ativos. Juan citou os índices ICO2, IGC e o Dow Jones Sustainability Index como ferramentas para a seleção de empresas. O gestor informou que o fundo promove a reversão da taxa de administração para o projeto da Organização Não-Governamental Vagalume.

Sylvia Guimarães, Co-Fundadora e Presidente da Vagalume, apresentou dados que mostram que a ONG já beneficiou mais de 100 mil crianças da Amazônia Legal, que é formada por 9 estados do Brasil, com a atuação de mais de 1000 voluntários. “A aplicação em fundos de impacto geram retorno não apenas para o investidor, mas também para projetos sociais”, disse.

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