Fusesc supera metas atuariais de seus três planos de benefícios em 2020

Vanio Boing Fusesc

Os retornos dos investimentos dos três planos de benefícios da Fusesc superaram as metas atuariais no ano passado. No Plano Benefícios I, a rentabilidade acumulada foi de 10,86%, acima da meta de 9,90%. No Multifuturo I, a rentabilidade foi de 10,06%; e no Multifuturo II, o retorno foi de 9,83%. Nestes dois últimos, a meta atuarial foi de 9,67%.

“Seguimos uma política de investimentos conservadora. Mantivemos um volume de recursos líquidos antes da pandemia e procuramos aproveitar oportunidades do mercado que apareceram com a queda da Bolsa em março do ano passado”, explica Vânio Boing, Diretor Superintendente da Fusesc.

A equipe de investimentos da Fusesc e os gestores externos passaram a realizar alocações táticas, procurando boas oportunidades entre os meses de maio a setembro. Com a alta da Bolsa em novembro e dezembro, foi possível superar as metas do ano. Também ajudou muito o desempenho da carteira de títulos públicos com marcação na curva (a vencimento). A fundação detém um grande volume de títulos públicos do tipo NTN-C que tiveram excelente desempenho devido ao indexador, o IGP-M, que marcou 23,14% em 2020.

Funcionamento e atendimento – A Fusesc tinha realizado uma série de mudanças em 2019 no sentido de levar sua operação para a nuvem. “Fizemos um investimento em TI no ano anterior à pandemia e isso foi fundamental para enfrentar os desafios do ano passado”, comenta Vânio. Por isso, foi possível oferecer a possibilidade que toda a equipe adotasse o trabalho remoto.

O maior desafio da pandemia foi adaptar o atendimento para o novo cenário. Foi necessário realizar uma série de adaptações no sistema digital e de telefonia da fundação. “Nosso público de Florianópolis, que representa cerca de metade dos participantes, estava mais acostumado ao atendimento presencial. Tivemos de realizar uma série de mudanças e orientações para migrar para o digital e central de atendimento”, lembra o Diretor Superintendente.

A equipe da fundação até hoje continua com a opção do trabalho remoto (home office). Aqueles que optarem, podem trabalhar no escritório, desde que não façam parte do grupo de risco. “Temos uma equipe enxuta, com 22 colaboradores e mais dois diretores. Cerca de 90% da equipe continua em home office”, explica.

Como a entidade já entrou em um acordo coletivo da categoria que aprovou o teletrabalho, a direção da Fusesc decidiu mudar de sede para um escritório menor. “Estamos mudando de sede visando a redução de custos. Vamos adotar um sistema misto, presencial e teletrabalho”, conta Vânio. Ele diz que os investimentos em TI (tecnologia da informação) continuam como prioridade para a entidade.

Desafios 2021 – O cenário de investimentos continua desafiador para 2021. Com os juros em patamares muito baixos neste início de ano, a Fusesc decidiu reduzir as metas atuariais. A entidade cortou a taxa atuarial de 4,25% para 3,87% mais o INPC. “Tínhamos reservas técnicas suficientes para promover a redução da meta. Mesmo assim, o ano será desafiador”, comenta Vânio.

O dirigente prevê que a Selic deve terminar o ano entre 3% e 3,5%. A previsão é que a rentabilidade global da entidade atinja algo em torno de 8% em 2021, favorecida pelo desempenho do estoque de títulos públicos, que apresenta média de prêmios de 6% além da inflação.

A entidade estuda também a criação de um plano família. A possibilidade de oferecer planos aos familiares de participantes está no radar, ainda que dependa do resultado de um plano de viabilidade. A Fusesc está realizando um estudo técnico sobre o assunto que será finalizado no próximo mês de março.

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