Hack’A’Prev: Atração e atenção de talentos à previdência são legados do evento

A visão de pessoas experientes, mas limitadas pelos processos do dia a dia dentro das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), acaba enevoada para possibilidades ainda não experimentadas. Diante disso, o Hack’A’Prev veio com a missão de trazer novos talentos e visões mais amplas sobre o uso da tecnologia e inovação no sistema de previdência privada. Em entrevista ao blog Abrapp em Foco, Glauco Milhomem Balthar, Diretor de Tecnologia e Operações da Quanta Previdência, que participou do Hack’A’Prev como mentor, conta que o primeiro hackathon da previdência privada cumpriu a sua missão, deixando um legado importante ao sistema.

Ele destaca que orientou sete times durante a maratona com base em suas experiências e em estudos de mercado, combinando soluções de marketplaces, bancos digitais, plataformas de investimentos, entre outros. “Também pude dar minha visão de simplificação e fatiamento de problemas. Foquei em orientá-los para fugir da gestão propriamente dita (governança) e buscar soluções de engajamento, combinando marketing de indicação, bonificações (gameficação), integrações via API, carteira digital, comparativos de planos e outros”. Segundo ele, estar atento ao mercado, experimentar e avaliar muitas soluções, e olhar para os problemas internos com abordagem comparativa o ajudou nesse processo.

Ainda assim, Balthar avalia como principal benefício do evento a possibilidade de interação com pessoas que têm um olhar fora do cotidiano da previdência. “Uma reflexão importante que eu faço desse evento é que o time vencedor, ao qual tive o prazer de mentorar, não possuía um perfil voltado para o negócio, ou seja, não eram especialistas de previdência. E talvez isso possa ter ajudado. Eles foram além, e é claro que as mentorias ajudaram. Foi aí que a ideia se viabilizou e conquistou o público”, destaca.

O projeto vencedor foi apresentado pelo time que desenvolveu o Guarda Real, aplicativo que propõe uma nova maneira de apresentar a adultos e crianças as vantagens de investir num plano de previdência, ensinando através de um enredo interativo de um reino no qual o participante do plano é a princesa/príncipe e seus guardiões são os reis/rainhas.

Segundo Balthar, a atração e atenção de talentos e suas conexões com o tema previdência e o sistema de entidades foi o principal legado do primeiro Hack’A’Prev. “Ficaram muitas ideias interessantes que poderão ser desdobradas, apoiadas ou evoluídas”, ressalta.

Desenvolvimento de projetos – Glauco Balthar destaca que o evento enriquecedor, e os times os quais realizou as mentorias apresentaram grandes ideias, mas que algumas precisam de mais tempo para serem executadas. “A apresentação dos trabalhos exigia a produção de uma série de artefatos: pesquisas de mercado, apresentação, protótipo funcional, código fonte, binário compilado, pitchgravado e salvo em vídeo. É até inimaginável isso tudo caber em um único final de semana. Para mim, foi engrandecedor”, enfatiza.

Dos sete projetos que auxiliou, todos tiveram visões ousadas e viáveis, destaca Balthar, sendo alguns mais ou menos complexos. “O grande desafio foi ‘fatiar as soluções que certamente resolveriam muitos dos problemas que enfrentamos na rotina das entidades, para fomentar e engajar pessoas para o tema”, diz.

Glauco Balthar ressalta que muitas das ideias abordadas no Hack’A’Prev já estão no radar da Quanta Previdência ou até estão em prática, como marketing de indicação, presente consciente, previdência para crianças, etc. “Desejamos muito que esses projetos avancem e queremos apoiar esse movimento de oxigenação do sistema, pois todos ganharemos, afinal, existem mais de 200 milhões de pessoas sem previdência complementar neste país. Vamos a campo!”, complementa.

Sobre o Hack’A’Prev – O primeiro hackathon da previdência privada, que ocorreu entre os dias entre os dias 29 de maio e 31 de maio, contou com especialistas de previdência como mentores, auxiliando especialistas em desenvolvimento, UX, marketing e business a atenderem às necessidades do sistema.

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