Investimento no exterior colabora para reduzir risco total das carteiras, afirmam especialistas em webinar

Em um cenário de vários riscos no âmbito doméstico, diversificar os investimentos com ativos internacionais é uma estratégia que não deve ser ignorada pelas EFPCs. As premissas para otimizar esse processo, dentro da atual conjuntura, foram apresentadas no webinar “Investimento no exterior: como construir um portfólio diversificado e resiliente”. O evento foi realizado na última quarta-feira (15), pela PPS e a Tag Investimentos, membros da Rede de Credenciados da Abrapp.

Na abertura do evento, o Diretor-Presidente da Abrapp, Jarbas de Biagi, destacou o relacionamento com o novo governo. A Associação tem realizado encontros propositivos com as autoridades e sido bem recebida, a exemplo da recente reunião com Ricardo Pena, novo Diretor-Superintendente da Previc

Jarbas ressaltou a importância da capitalização dos recursos na atividade-meio das entidades, para que possam cumprir sua missão de pagar benefícios. Nesse sentido, o segmento dos investimentos no exterior merece o olhar das EFPCs e uma análise sobre a possibilidade ou não de alocar um percentual em seus portfólios. 

A evolução regulatória já abriu essa possibilidade e as opções de produtos hoje na prateleira são muitas, tanto em classes de ativos como geografias, acrescentou Gustavo Ottoni, Coordenador da Comissão Técnica de Investimentos da Abrapp e Gerente Técnico de Investimentos da Centrus. Assim, é recomendável buscar informações, com o auxílio de especialistas, e entender quais produtos e estratégias atenderiam melhor aos objetivos específicos de cada EFPC.

O investimento no exterior e o investimento doméstico não podem ser pensados como carteiras diferentes, observou Everaldo Guedes, CEO da PPS. Segundo ele, para obter uma fronteira eficiente de investimentos e construir um portfólio otimizado, os investimentos locais e no exterior precisam ser pensados como uma única carteira, de forma complementar e que promova uma redução do risco total. 

Everaldo trouxe ainda insights e reflexões a serem consideradas em decisões sobre fazer ou não hedge cambial, alocação tática e market timing. Ele lembrou que as crises são cíclicas e que nunca devem ser desperdiçadas, pois geram boas oportunidades de ampliar ganhos para quem está preparado. “As crises acontecem. O que temos que fazer é montar portfólios resilientes”.

Acertar com exatidão o cenário futuro, por mais que se façam estudos e projeções, é praticamente impossível. Por isso, ao optar por concentrar os investimentos em uma única geografia, considerando os riscos fiscal e político do Brasil, as chances de uma EFPC ter um portfólio mais resiliente a crises e que agregue mais valor ao investidor se reduzem, observou Francisca Brasileiro, Sócia e Diretora de Investment Solutions da TAG Investimentos.

“Os riscos do nosso país são elevados e temos um mundo em guerra e à beira de uma recessão. Daí a importância de se ter uma carteira diversificada”, ressaltou Francisca, que reforçou a importância de a entidade ter um ciclo de investimentos que relacione as oportunidades e os riscos de seus investimentos domésticos com os do exterior, de forma a ampliar a proteção e gerar mais alfa. 

Assista aqui ao webinar e confira todas as dicas dos especialistas para a construção de portfólios mais resilientes com investimento no exterior.

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